De acordo com diretor do Gabinete Provincial da Saúde, Viegas de Almeida, os médicos em causa preferem ficar nas grandes cidades do país em detrimento das pequenas, como é o caso da província da Lunda Sul, onde haveriam de apresentar-se nas unidades hospitalares em que foram colocados com base do concurso público e não fizeram. Este comportamento reprovável dos médicos, segundo Viegas de Almeida, esteve na origem do Ministério de decisão de rescindir os contratos celebrados com os mesmos.
O diretor da saúde afirma ainda que, inicialmente, a Província da Lunda-Sul tinha uma cota de 49 médicos, mas, fim a cabo, acabaram por apresentar-se apenas 31 médicos. Luanda, Benguela, Huambo, Lubango são as preferências de alguns médicos que nós condenamos esse tipo de atitude e reprovamos porque, se alguém jurou para salvar a vida, deveria ter uma conduta diferente. Mas o que está na base é mesmo porque querem ficar nas grandes cidades e não querem vir para as pequenas cidades, como, por exemplo, a nossa cidade de Saurimo e os nossos municípios Kakolo, Dala e Mukonda. É o argumento de muitos que não apresentaram-se e rescenderam mesmo este contrato.
O diretor da saúde na Lunda Sul fala da necessidade da criação de uma escola de nível superior para a formação de médicos com vista a se pôr cobro a estas situações.
Viegas de Almeida diz que, não há nenhuma faculdade no leste de Angola a formar médicos, então é imperioso que haja faculdade a formar médicos locais porque, assim, vamos evitar esta negação das pessoas virem para as nossas províncias porque, para falar com conhecimento de causa, nós temos estado a interagir com os três diretores do leste e o problema é o mesmo.