Quinta, 18 de Abril de 2024
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Terça, 01 Junho 2021 13:09

Pastor Lufuankenda diz que nunca viu um povo tão apaixonado por um ladrão como o angolano

O pastor da Igreja Pentecostal de Deus, Sadrak Lufuankenda, reagindo sobre os factos que marcam a actualidade em torno do Major Lussaty, disse que estranhamente, isto causa aos angolanos mais desejos do que repulsa, mais anseios que indignação, mais inveja que nojo.

De acordo com Lufuankenda, muitos de nós, de pequenos à grandes, ansiamos por estar no lugar do Major (antes de ser preso), ter o que ele supostamente tem, não importando muito como conseguiu.

Observou que as redes sociais nos condenam a todos, pois num oceano de comentários, os que mais se destacam são os de gula, soberba, ganância, egoísmo, e não poucos são os que com rigor condenam esses ladrões representados nos teatros das produções que nos chegam as telas dos nossos eletrónicos.

"Todos nós gostaríamos ter uma das malas, e ter alguns daqueles relógios que não marcam hora da morte", conforme o pastor.

O caso do Major para Sadrak Lufuankenda é apenas uma amostra grave da nossa debilidade e inabilidade para amar o próximo. "Precisamos todos ser internados na clínica dos princípios certos, com tratamento intensivo contra ausência de valores".

Somos todos Lussaty, afirmou igualmente, acrescentando que todos temos malas reiais ou imaginárias de dinheiros que só queremos para nós, e o povo que se arranje; ficou claro que mais vale dar dinheiro ao contentor do que a um irmão angolano, o egoísmo prefere guardar em malas do que investir nos campos de produção de bens para os compatriotas, e ainda vale mais mandar biliões para fora do que manter com irmãos aqui dentro, servir aos estrangeiros do que a nato.

"Enquanto outros líderes vão justamente buscar dinheiro a outras nações para as colocar nas suas terras, os daqui despojam suas terras injustamente para despejar dinheiro em terras alheias", considerou.

O Banquete, na sua opinião, já vai em sua segunda exibição, mas, epah, que banquete é esse que revela apenas a festa intimista de alguns, enquanto todos assistem com a dor de não ter sido ele o convidado?

Uma elite soberba sendo invejada por outros soberbos que não são elite.

"Precisamos de urgentemente sentir nojo destes banquetes, porque é exatamente esses banquetes da televisão que causaram os banquetes de lixo nos contentores, e esmolas em todas as bandas da nação", referiu.

Na ocasião, apelou aos angolanos para que devessem assistir o próximo Banquete com mais repulsa do a primeira, avançando que queria ver nos angolanos mais revolta do que sarcasmo, comédias, e normalização da situação que é trágica.

Num país normal, observou, esses senhores e senhoras não andariam em paz, nem seriam admirados até pedirem perdão devolvendo todo tostão.

"Mas infelizmente, nós os chamamos de boss, admiramos suas mansões, e algumas das nossas irmãs os desejam como papoites, para ver se as malas lhes faça a apressada viagem egoísta da pobreza para riqueza privativa", lamentou o pastor Sadrak Lufuankenda.

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