Quinta, 28 de Março de 2024
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Sexta, 18 Setembro 2020 17:20

Caso Milícia do Apito: Tomás Bica reduz papel da polícia de forma grosseira

Um artigo que Angola24Horas teve acesso, nesta sexta-feira, 18, observa que não é saudável, em primeira instância, aplaudir a atitude do Administrador do Sambizanga, Tomás Bica, ao criar milícias ao olho da polícia para assegurar o seu município, sem antecipadamente avaliar possíveis consequências.

"E uns estão a aplaudir, sem saber as implicações legais que isso trata e os malefícios que tal projecto poderá consubstanciar. Fazer justiça é esposo dos órgãos de justiça, este projecto de Tomas Bica, vem nos remeter na época da justiça privada", lê-se na publicação.

O mesmo, refere lembrando de uma época onde vigorava a "Lei de Talhão" e outras, quando diz se saber que a tendência do “APITO” começou no Palanca, cuja intenção era agarrar o ladrão e entregá-lo as autoridades policiais, todavia não houve registos até momento, de entrega de algum criminoso às autoridades, porque os mesmos são queimados muito antes da polícia tomar o conhecimento.

"Tomás Bica vem reduzir o papel da polícia de forma grosseira, que é mandar a ordem e a tranquilidade pública, criando um grupo de milicianos com intuito de garantir a segurança da população, alocada naquela circunscrição", conforme se lê igualmente.

Nada contra os cidadãos organizados, disse ainda, "mas ficamos sem saber até onde o Tomás Bica terá capacidade para controlar os tais homens do APITO. E mais, será que não chegará uma altura que os mesmos sentir-se-ão os donos da Boca? Reflitamos ao invés de emocionarmo-nos", rematou.

Segundo dados, Tomás Bica, criou recentemente essa milícia denominada “Turma do Apito”, com objectivo de prestar assistência e diminuir a criminalidade no distrito urbano do Sambizanga, merecendo apoio da administração e da polícia local.

De acordo com o responsável, os seus brigadistas têm como função "assessorar a Polícia Nacional na garantia da segurança e da ordem pública dos cidadãos da comunidade, e, ou o acompanhamento psíquico, social e jurídico dos marginais das famílias",  sendo que, durante quatro meses a organização apresentou os resultados das suas actividades a uma assembleia com a presença de membros do executivo local, da Polícia Nacional e da sociedade civil.

Por Bruno Xingui

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