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Segunda, 07 Setembro 2020 19:20

Carlos São Vicente pediu suspensão de funções no Standard Bank Angola até conclusão das investigações

O administrador não-executivo do Standard Bank de Angola Carlos São Vicente, que está a ser alvo de investigação por suspeitas de branqueamento de capitais, solicitou a sua suspensão imediata de funções até conclusão do processo, anunciou a instituição bancária.

Num comunicado de imprensa, o Standard Bank de Angola (SBA) sublinha que está a acompanhar com atenção e preocupação as notícias veiculadas, que dão conta de uma investigação criminal na Suíça sobre suspeitas de branqueamento de capitais envolvendo um administrador não executivo do banco.

O banco realça que o pedido de suspensão de funções de Carlos São Vicente visa salvaguardar a reputação e a imagem do banco, salientando que o responsável não participa da gestão executiva do banco.

O documento frisa que o Standard Bank de Angola está a trabalhar, em articulação com o Banco Nacional de Angola, e continuará a acompanhar a evolução do processo, assumindo o compromisso de manter o público informado com qualidade e isenção.

“O SBA pauta-se pelas mais elevadas regras de transparência e rigor, bem como observa os mais exigentes padrões de ‘compliance’ e considera a sua reputação como o ativo mais valioso”, lê-se no comunicado.

O nome de Carlos São Vicente fez notícia na semana passada por suspeitas de lavagem de dinheiro na Suíça, segundo divulgou um blogue que acompanha questões judiciais naquele país europeu.

De acordo com o blogue judicial suíço Gotham City, que cita o despacho do Ministério Público da Suíça, o ex-presidente da AAA Seguros Carlos Manuel de São Vicente, marido de uma das filhas do primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto, viu congeladas sete das suas contas, tendo sido libertados os fundos de seis e mantendo-se congelada a conta que tem cerca de 900 milhões de dólares, o equivalente a mais de 752 milhões de euros.

Numa nota, a família de António Agostinho Neto considerou “abusivo, calunioso e inamistoso, o uso do nome de António Agostinho Neto a propósito do combate à corrupção que o país leva a cabo”.

A família e a Fundação Dr. António Agostinho Neto lembram que o primeiro Presidente de Angola faleceu em setembro de 1979, seis anos antes do casamento da sua primeira filha, em 1985, com Carlos Manuel de São Vicente, considerando, por isso, “um absurdo associar o seu nome a processos judiciais em investigação”.

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