Em comunicado divulgado na rede social Facebook, o Consulado-Geral de Angola do Rio de Janeiro frisou que os autocarros transportam cidadãos angolanos e brasileiros.
Segundo a representação diplomática, os restantes passageiros do voo de repatriação seguirão por conta própria até ao aeroporto de Guarulhos, no estado de São Paulo, para embarcar num voo humanitário da transportadora angolana TAAG com destino a Angola na quinta feira, às 03:30 locais.
“Os 76 angolanos inscritos fazem parte de um grupo de 84 cidadãos que há mais de quatro meses estão retidos nas cidades do Rio de Janeiro e de Minas Gerais, que vieram ao Brasil por vários motivos, tais como tratamento médico, estudo, negócio, entre outros”, frisou o Consulado angolano na rede social.
A representação diplomática adiantou que efetuou diversas ações para amenizar o sofrimento desses cidadãos retidos no Brasil durante aquele período.
“O cônsul-geral de Angola no Rio de Janeiro, Sá Miranda, está desde segunda-feira (…) na cidade de São Paulo, onde se juntou ao embaixador e ao cônsul em São Paulo, para acompanhar os procedimentos do regresso desse grupo de angolanos que estão retidos desde março por conta da pandemia da covid-19”, acrescentou.
O Governo de Angola anunciou hoje que Portugal, onde cerca de 7.000 angolanos aguardam para poder regressar ao seu país, cujas fronteiras estão encerradas devido à pandemia de covid-19, é o próximo destino para repatriamento de cidadãos, sem avançar datas.
O anúncio foi feito pelo ministro de Estado e chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, Pedro Sebastião, que é também coordenador da comissão multissetorial de combate e prevenção da covid-19.
O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo maior número de infetados e de mortos (mais de 1,92 milhões de casos e 74.133 óbitos), depois dos Estados Unidos.
Já Angola soma 576 infetados e 27 mortos por causa do novo coronavírus.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 578 mil mortos e infetou mais de 13,34 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
