O Bureau Político do MPLA analisou nesta terça-feira, em Luanda, assuntos relativos à vida interna do partido e à governação do país, destacando-se o memorando sobre a revisão da programação macroeconómica executiva para o ano de 2015 e o plano operacional para as linhas de crédito da China.
O primeiro secretário do MPLA em Luanda, Bento Bento, apelou aos militantes a estarem vigilantes e atentos em relação às manobras da oposição que tenta desacreditar o processo de paz, o crescimento económico e a liderança do Presidente José Eduardo dos Santos.
Diferentes fontes contactadas pela VOA confirmam que os acordos entre Angola e a China assinados na semana passada durante a visita de José Eduardo dos Santos àquele país prevê a entrega de 500 mil hectares de terra arável e com água aos chineses, como 30 por cento de garantia do empréstimo concedido a Angola. As terras encontram-se localizadas na província do Kuando Kubango.
A União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), maior partido da oposição, exigiu hoje ao Governo angolano a divulgação pública do teor dos acordos estabelecidos na recente visita do Presidente José Eduardo dos Santos à China.
A informação consta de uma carta de ratificação, de 27 de maio, assinada pelo chefe de Estado angolano, que surge depois da validação do acordo, em abril, pela Assembleia Nacional de Angola, que prevê nomeadamente missões conjuntas de apoio à paz.
O Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, assegurou hoje que as reservas cambiais de Angola, afetadas pela "queda significativa" do preço do petróleo no mercado mundial, "garantem mais de sete meses de importações".
O deputado da Unita Abílio Kamalata Numa vai concorrer à liderança do partido, disse hoje à Voz da América em Luanda. Numa, que assume a candidatura com ou sem Isaías Samakuva na corrida, aborda a visita actual do Presidente da República à China, afirmando que a oposição não pode deixar José Eduardo dos Santos hipotecar o destino de Angola.