Organizações da sociedade civil angolana consideraram hoje “indecente e vergonhoso” a pretensão do Governo em instituir cobrança de taxas nas escolas públicas do ensino secundário referindo que as famílias “não podem ser o bolso” do ensino público.
O Governo angolano autorizou, nesta quinta-feira, a cobrança de 100 por cento das propinas nas escolas de Estados estrangeiros e internacionais que fizeram actividades lectivas, à distância, durante o Estado de Emergência ou da Situação de Calamidade Pública.
A reitoria da Universidade Católica de Angola (UCAN) comunicou hoje aos docentes e administrativos a suspensão da relação jurídico-laboral, por falta de capacidade financeira para o pagamento de salários.
Um grupo de Encarregados da Educação da Escola Portuguesa de Luanda (EPL) contesta o que diz ser a “gestão arbitrária” daquele estabelecimento de ensino e pede a destituição da direção da Cooperativa Portuguesa de Ensino em Angola (CPEA), entidade que gere a EPL.
As instituições do ensino superior públicas angolanas vão cobrar, a partir do ano académico de 2021, propinas de 1.900 kwanzas (3 euros), no período regular, e 15.000 kwanzas (24,3 euros), no período noturno, refere uma nova tabela de emolumentos.