O maior accionista individual do BES Angola (que deve 3.000 milhões ao BES) é o mais próximo colaborador de Eduardo dos Santos, o general Kopelipa. O governo português deve exigir explicações ao Presidente de Angola.
No dia em que celebra 20 anos de carreira com um concerto em Lisboa, Yuri da Cunha fala de Angola e dos seus combates pela cultura.
"Há um problema nesta altura identificado com a qualidade da carteira de crédito do Banco Espírito Santo [Angola]. Temos operações em situação irregular, operações de crédito malparado", disse o Governador do BNA, na Assembleia Nacional.O Governador do BNA explicou que a instituição está a ultimar a conclusão de uma avaliação à situação daquele banco, mas admite desde já um cenário de "reforço dos capitais por parte dessa instituição", entre outras "recomendações" do regulador angolano para "mitigar as irregularidades e inconformidades detetadas" no BESA.
"Não identificamos situações relevantes que possam ser tipificadas como favorecimento de crédito a determinados cidadãos ou entidades. Falamos de uma situação generalizada, temos devedores [crédito malparado no BESA] de todos os extratos, de todos os setores da vida económica e social", garantiu José de Lima Massano.
Embora remetendo mais informação para uma fase posterior da investigação, o Governador afirma que, com base nos elementos já "em posse" do banco central angolano, não há risco para o sistema financeiro nacional.
"Não está em causa nem a garantia dos depósitos constituídos junto do BESA nem as responsabilidades que esse banco tem perante terceiros. E muito menos a estabilidade do nosso sistema financeiro", disse Massano aos deputados.
Na terça-feira, em declarações à Lusa, o presidente do maior partido da oposição, a UNITA, afirmou querer ver a situação do BESA esclarecida no parlamento, nomeadamente a garantia soberana que terá sido emitida pelo Estado angolano para cobrir parte deste crédito malparado.
Isaías Samakuva recordou que, enquanto titular do poder Executivo, o Presidente da República está "autorizado" a conceder "garantias do Estado a operadores económicos nacionais" para desenvolvimento "de projetos de significativa importância".
De acordo com o líder da UNITA, esse limite está fixado em 245 mil milhões de kwanzas (1,8 mil milhões de euros), numa alusão à Lei do Orçamento Geral do Estado para 2014. Salientando que o Governo angolano nunca confirmou ou desmentiu a informação, recordou que no caso do BESA essa garantia terá ultrapassado esse valor.
"Ora, segundo informação do Banco Espírito Santo tornada pública, a República de Angola já prestou uma garantia soberana muitíssimo superior - fala-se mesmo de 5 mil milhões de dólares [3,6 mil milhões de dólares] - para o Estado pagar o crédito mal parado", criticou Samakuva.
Desconhece-se contudo quando e em que condições é que essa alegada garantia soberana terá sido atribuída pelo Governo angolano ao BESA.
Lusa /AO24 /Reuters
O Governador do Banco Nacional de Angola (BNA), José de Lima Massano, admitiu existir um "problema" na carteira de crédito do Banco Espírito Santo Angola (BESA), perspetivando a necessidade de um reforço de capitais naquela instituição bancária.
O governador do Banco de Portugal (BdP) quer que o Banco Espírito Santo (BES) esclareça o mais rapidamente possível a situação que vive a sua filial em Angola, ainda que não preveja um "impacto material" nas contas do banco português.
Em Portugal, os dinheiros movimentados pelo Banco Espírito Santo Angola, o BESA, estão sob investigação do Departamento Central de Investigação Penal e da Divisão de Investigação de Fraude e Acções Especiais daquele país.
O sistema fiscal é um dos principais meios que os estados possuem para poder obter recursos (receitas) de que necessitam para financiar os seus projectos e programas (despesas).
A polícia angolana várias operações para exigir dos automobilistas o pagamento do seguro automóvel, uma prática que, no entanto, não está isenta de actos de corrupção por parte dos efectivos da corporação.
A inviabilidade de alguns projectos de investimentos continua a constituir o principal entrave à concessão de créditos à pequenas e médias empresas, considerou hoje , em Luanda, o presidente do Conselho de Administração do Banco BIC, Fernando Teles.
O Fundo Monetário Internacional sugeriu que o Governo angolano publique relatórios trimestrais sobre como está a gastar os seus fundos. A proposta surge ao mesmo tempo que um relatório da organização afirma que o crescimento este ano da economia angolana não deverá atingir os 4%.