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Sexta, 18 Julho 2014 15:01

Governador do BNA admite reforço de capitais no BESA

Os Três maiores acionistas do Banco BES Angola Os Três maiores acionistas do Banco BES Angola

O Governador do Banco Nacional de Angola (BNA), José de Lima Massano, admitiu existir um "problema" na carteira de crédito do Banco Espírito Santo Angola (BESA), perspetivando a necessidade de um reforço de capitais naquela instituição bancária.

"Há um problema nesta altura identificado com a qualidade da carteira de crédito do Banco Espírito Santo [Angola]. Temos operações em situação irregular, operações de crédito malparado", disse o Governador, na Assembleia Nacional.

José de Lima Massano tinha sido questionado na quinta-feira pelos deputados da oposição sobre os relatos de um volume de crédito malparado naquele banco, controlado maioritariamente pelo Banco Espírito Santo português, que poderia atingir os 5,7 milhões de dólares (4,1 milhões de euros) e que terá sido alvo de cobertura parcial por uma garantia soberana do Estado angolano.

O Governador do BNA explicou que a instituição está a ultimar a conclusão de uma avaliação à situação daquele banco, mas admite desde já um cenário de "reforço dos capitais por parte dessa instituição", entre outras "recomendações" do regulador angolano para "mitigar as irregularidades e inconformidades detetadas" no BESA.

"Não identificamos situações relevantes que possam ser tipificadas como favorecimento de crédito a determinados cidadãos ou entidades. Falamos de uma situação generalizada, temos devedores [crédito malparado no BESA] de todos os extratos, de todos os setores da vida económica e social", garantiu José de Lima Massano.

Embora remetendo mais informação para uma fase posterior da investigação, o Governador afirma que, com base nos elementos já "em posse" do banco central angolano, não há risco para o sistema financeiro nacional.

"Não está em causa nem a garantia dos depósitos constituídos junto do BESA nem as responsabilidades que esse banco tem perante terceiros. E muito menos a estabilidade do nosso sistema financeiro", disse Massano aos deputados.

Lusa

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