A comissão política nacional do PADDA esteve ontem reunida em sessão ordinária, em Luanda, para, entre outros assuntos, avaliar a pertinência ou não da transformação da CASA-CE em partido político e concluiu que este passo não é oportuno.
No final do encontro, orientado pelo presidente do partido, Alexandre Sebastião André, os membros daquele órgão aprovaram uma resolução em que propõem a não aceitação da transformação da CASA-CE em partido político, para a salvaguarda das conquistas já alcançadas.
No comunicado final, lido pelo vice-presidente do partido, Francisco Guedes, a comissão política nacional recomenda ao presidente do PADDA, que é igualmente um dos vice-presidentes da CASA-CE, a usar as suas influências junto do líder e dos mais membros de direcção da coligação no sentido de ponderar sobre a transformação.
O presidente do PADDA disse ao Jornal de Angola que a transformação da CASA-CE em partido político traz mais prejuízos que benefícios à coligação liderada por Abel Chivukuvuku, a julgar pelos sucessos alcançados, como são a bandeira, o bom nome e outras conquistas.
“O partido que viesse a ser criado depois da transformação da CASA-CE não poderia herdar os bens conquistados pela coligação”, alertou. Alexandre Sebastião André acrescentou que o PADDA entendeu que se estava a defraudar o eleitorado da CASA-CE, a julgar pelas perspectivas e esperanças que têm de a coligação poder ser uma alternância governativa em 2017”. Com a transformação da CASA-CE em partido político, a coligação perde a actual designação e tudo o que foi conquistado, o que prejudica a sua participação nas eleições gerais, previstas para o próximo ano. “Não há muito tempo até 2017”, lembrou.
A pertinência ou não da transformação da CASA-CE em partido político e a eleição da nova direcção da coligação são alguns dos assuntos a serem discutidos no II Congresso Ordinário desta formação política, previsto para o próximo mês.
Além do PADDA-Aliança Patriótica, fazem parte da CASA-CE o PALMA, o PPA e o PNSA. O II Congresso da coligação deve contar com a participação de 800 delegados em representação das 18 províncias do país e da diáspora. A CASA-CE é a terceira maior força política na Assembleia Nacional, onde ocupa oito dos 220 assentos.