Sábado, 25 de Outubro de 2025
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Sábado, 25 Outubro 2025 11:39

Ativistas promovem vigília pela libertação de presos políticos em Luanda às 18h de hoje.

Ativistas angolanos promovem hoje, em Luanda, uma vigília “pela liberdade dos presos políticos” e “contra todas as formas de perseguição em Angola”, uma iniciativa da União Nacional para a Total Revolução de Angola (UNTRA).

O ato, agendado para as 18:00 locais (mesma hora em Lisboa) no Largo das Heroínas, no centro de Luanda, foi comunicado ao Governo Provincial e ao Comando Provincial da Polícia Nacional, segundo o coordenador da UNTRA em Luanda, Luís Antunes.

A vigília “tem como objetivo exigir ao Governo do Presidente João Lourenço e à justiça angolana a liberdade dos presos políticos, nomeadamente o general Nila, Osvaldo Caholo, Rodrigo Catimba, Buka Tanda, os manos da resistência de Malanje e outros que continuam presos”.

“Cumprimos com o primado da lei e esperamos que a polícia apareça para manter a ordem e a tranquilidade públicas.

Esperamos também que todos os angolanos apareçam, porque esta é uma causa nobre, é uma causa que nos entristece, porque temos uma justiça partidária no país”, disse Luísa Antunes à Lusa.

Os organizadores apelam a uma “postura republicana da polícia” e aos participantes que levem velas e se vistam de preto, “dada a consternação desta injustiça imposta” aos ativistas.

A iniciativa ocorre uma semana depois de a polícia angolana ter impedido, também em Luanda, uma vigília semelhante convocada por membros da sociedade civil.

De acordo com um comunicado divulgado posteriormente pelos promotores dessa vigília, a atividade foi “proibida de forma arbitrária”, tendo sido comunicada ao Governo Provincial de Luanda, sem que tivesse havido resposta dentro do prazo legal.

Posteriormente, o diretor das Operações do Comando Provincial da Polícia, Octávio Jonjo, terá recebido um documento do governo provincial proibindo a vigília e que a polícia deveria usar “todos os meios ao seu alcance para impedir a atividade”.

Os ativistas queixam-se do “forte aparato de repressão” da polícia que “colocou violentamente no carro-prisão 12 cidadãos, alguns dos quais transeuntes que pararam para assistir aos atos de violência policial”.

Um menor de 17 anos, estudante do colégio São Domingos, foi igualmente detido pela polícia, por estar naquele perímetro, segundo a mesma fonte.

Os organizadores relatam ainda que, após horas de detenção no Comando Municipal do Rangel, os cidadãos foram “abandonados durante a noite em zonas periféricas de Luanda, como Cacuaco e Viana, à mercê de marginais e sem condições de segurança”, repudiando a atitude.

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