Segundo Evaldo Evangelista, coordenador da Comissão de Comunicação e Marketing do XIV Congresso Ordinário da UNITA, convocado para os dias 28, 29 e 30 de Novembro, o processo de recepção e formalização de candidaturas ao cargo de presidente do partido é aberto com uma conferência de imprensa agendada para amanhã,às 10h00, no Complexo Sovsmo, em Viana.
Após a conferência de imprensa, os aspirantes à liderança da UNITA devem apresentar as candidaturas até ao dia 22 deste mês. Evaldo Evangelista garantiu que a Comissão de Mandatos estará aberta até à data limite de recepção de candidaturas. Contas feitas, a equipa coordenada por Silvestre Gabriel Samy terá 15 dias úteis de trabalho, incluindo sábados e domingos.
De acordo com o cronograma de acções para o XIV Congresso Ordinário da UNITA, após a apresentação das candidaturas, a Comissão Eleitoral, coordenada por Alcides Sakala, terá dois dias para a aprovação e divulgação das candidaturas, cuja tarefa vai ser feita no período entre 25 e 26 deste mês.
Até ao momento, nenhum dirigente ou militante manifestou, publicamente, a intenção de concorrer à liderança da UNITA, mas é certa a recandidatura de Adalberto Costa Júnior.
Um grupo de militantes, autodenominado Movimento de Resgate, pretende convencer o ex-presidente, Isaías Samakuva, a voltar à liderança do partido, com o fundamento de que este é o candidato ideal para a preservação dos ideais de Muangai.
Em declarações recentes ao Jornal de Angola, Rafael Mukanda, um dos rostos daquele grupo, acusou a actual direcção de ter um projecto – que alegadamente vai ser submetido ao congresso – com vista à transformação dos actuais símbolos do partido, no âmbito da formalização de um novo ente político, no caso a FPU. “Pensam em símbolos e hino novos para o partido, para que deixe de existir”, denunciou.
Questionado sobre qual foi a resposta de Samakuva à solicitação do Movimento de Resgate, Mukanda afirmou que estavam à espera do regresso do ex-presidente ao país, que está para breve.
Uma fonte da direcção da UNITA negou as acusações daquele grupo de militantes, muitos dos quais alvo de processos disciplinares e cuja missão, disse, é apenas criar confusão no seio do partido.
Sobre uma eventual recandidatura do ex-presidente do partido, a fonte comentou: “Não acredito que Samakuva queira botar por terra todo o capital político interno que construiu. A sua recandidatura acarreta riscos de uma boa humilhação”.
