Sábado, 04 de Outubro de 2025
Follow Us

Sábado, 04 Outubro 2025 16:11

50 Anos das Independências: Houve retrocesso na independência económica - Nelito Ekuikui

O deputado angolano Nelito Ekuikui, que lidera a ala juvenil da UNITA, maior partido da oposição, defende que o balanço dos 50 anos de independência “é razoável” a nível político, mas houve um retrocesso na independência económica.

“Cinquenta anos depois o balanço que se pode fazer é razoável. É razoável na medida em que alcançámos a independência política. Nós hoje somos um país soberano, cujo povo tem a independência política.

Podemos circular e podemos falar em nome do nosso país. Isto está alcançado.

Há um retrocesso é na independência económica”, considera. Secretário-geral da JURA, a organização de juventude da União nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), ala juvenil do maior partido da oposição angolana, Nelito Ekuikui nasceu 16 anos depois da independência, quando o país estava mergulhado numa guerra civil, marcada por intervenções militares estrangeiras a combater dos dois lados do conflito.

Nelito, batizado Manuel Armando da Costa Ekuikui, nasceu no Bailundo, província de Huambo, no seio de uma família de guerrilheiros e faz parte da linhagem real dos Ekuikuis, a dinastia dos Soma Inene (reis) do Reino do Bailundo e o balanço que faz dos 50 anos de independência, que se completam em 11 de novembro, é agridoce. Se a independência política é um facto, lamenta que na independência económica Angola continue a marcar passo.

“As duas independências devem casar. Tanto a política quanto a económica. Infelizmente no que diz respeito à independência económica não houve avanços”, vinca. “Pelo contrário. Houve retrocessos e os retrocessos estão aí visíveis.

Cinquenta anos depois, o povo angolano, aqueles que têm alguma condição financeira estão a emigrar. E nada mais nada menos que na antiga colónia”, identifica.

Para Nelito Ekuikui, esta tendência “é a maior derrota de um regime político. Quando o seu povo tem que ir atrás da antiga potência colonial em busca de melhores condições de vida, em busca de saúde, em busca de educação, então o sistema fracassou”.

Rate this item
(0 votes)