Sexta, 25 de Julho de 2025
Follow Us

Quinta, 24 Julho 2025 18:35

Deputado do MPLA advoga consenso em torno da proposta de alteração da Lei Eleitoral

O deputado do MPLA, Milonga Bernardo, afirmou, esta quinta-feira, que os debates em torno da proposta de alteração da Lei Orgânica sobre as Eleições Gerais têm sido pautados pelo espírito de consenso entre as distintas forças políticas representadas na Assembleia Nacional.

Em declarações à imprensa, à margem da discussão na especialidade das duas propostas de alteração à Lei sobre as Eleições Gerais apresentadas pelo Executivo e pela UNITA, o parlamentar abordou três pontos essenciais: o modelo de apuramento dos resultados eleitorais, a questão das actas síntese e a proposta de auditoria à solução tecnológica da Comissão Nacional Eleitoral (CNE).

Sobre as actas síntese, Bernardo Milonga informou que a proposta do Executivo previa a sua supressão, e que os argumentos apresentados durante os debates foram suficientemente sólidos para garantir o consenso entre todos os grupos parlamentares.

“Foi votado por unanimidade. O Grupo Parlamentar do MPLA, o da UNITA e os representantes de outras forças políticas votaram favoravelmente à retirada das actas síntese”, referiu.

Relativamente ao modelo de apuramento, Milonga Bernardo explicou que havia inicialmente duas propostas em análise, a do Executivo, centrada num modelo de apuramento nacional, e a da UNITA, que previa um processo escalonado, municipal, provincial e nacional.

Contudo, segundo Bernardo Milonga, “após a apresentação de argumentos convincentes por parte dos deputados e do representante do Executivo, o Grupo Parlamentar da UNITA decidiu retirar a sua proposta”.

Milonga afirmou que o modelo apresentado pelo Executivo foi considerado o mais adequado para os desafios actuais e futuros do sistema democrático angolano, designadamente as eleições de 2027.

“Todavia, mantendo-se o espírito de diálogo, as lideranças parlamentares continuam a concertar-se no sentido de ver que elementos podem ser incorporados ao modelo proposto pelo Executivo, enriquecendo a sua redacção final”, acrescentou.

Auditoria ao sistema da CNE deve obedecer à legislação vigente

No que diz respeito à auditoria à solução tecnológica da CNE, o parlamentar clarificou que não há vazio legislativo neste domínio, e que a legislação em vigor já prevê os mecanismos adequados de controlo.

“Permitir que partidos políticos promovam auditorias à solução tecnológica não se afigura viável, uma vez que se tratam de entidades de direito privado, com interesse directo no processo”, sustentou.

Milonga questionou ainda a imparcialidade de uma auditoria promovida por agentes interessados: “Será uma auditoria verdadeiramente independente quando quem a promove tem interesse directo nos resultados?”, interrogou.

Concluiu reiterando a disponibilidade do Grupo Parlamentar do MPLA para continuar a contribuir para o desenvolvimento do pacote legislativo eleitoral, com foco na estabilidade e transparência do processo democrático.

Rate this item
(0 votes)