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Domingo, 16 Novembro 2014 15:14

Regionalismo embaraça governação na Huíla

O governador da Huíla, Marcelino Typingue, considerou nesta cidade como preocupantes algumas acções de regionalismo, que têm estado a dificultar a actividade das administrações locais, fenómeno que classificou como sendo “sabotagem”. João Marcelino Typingue fez estes pronunciamentos durante o acto que marcou os 39 anos de independência nacional.

O governador da Huíla começou por destacar a data e a sua importância no contexto da história contemporânea do nosso país, tendo ressaltado a necessidade de uma maior divulgação entre as camadas mais jovens. Marcelino Typingi considerou a data como “dia de festa e de reflexão” em prol dos nacionalistas e partidos que se bateram para que este feito fosse alcançado.

Apesar de reconhecer que o dia não seja para grandes discursos, o número um do MPLA, na Huíla, sublinhou a necessidade de uma verdadeira reconciliação, particularmente neste período de paz, sem distinção de cores partidárias.

Para Typingui, os ganhos da independência são visíveis, com destaque para as infra-estruturas básicas para as populações, só para citar um deles, embora reconheça, também, ser preciso entender que “nós não somos chefe deste povo, mas sim servidores” e que com ajuda de todos podemos desenvolver a nossa província.

 “Não interessa de onde o governante venha. Este município de Caconda pode ser dirigido por alguém que venha de Cabinda, Huambo, Moxico, sem precisar ser necessariamente de Caconda”, advertiu o governante, que olha para a competência como elemento mais importante.

Esta referência foi feita a propósito de um “fenómeno” que tem sido verificado com alguma regularidade, em alguns municípios, onde predomina o regionalismo, prejudicando assim a gestão e administração do Estado, quando a intervenção vier da parte de um dirigente não nativo.

Um dos factos mais recentes aconteceu na localidade de Cuwé 2, a alguns quilómetros da sede do município de Caconda, onde chegam relatos da população ter impedido que o administrador levasse acabo a construção de uma escola e um centro de assistência médica às populações, inclusive vacinas, com o argumento segundo o qual o administrador seria oriundo de outra municipalidade.

A fonte considerou estas acções como sendo um “boicote” ou mesmo uma “sabotagem” ao trabalho do executivo e, que as pessoas envolvidas já estão identificadas, e podem ser levadas às barras do Tribunal, sendo as autoridades tradicionais apontadas para servir de um entre a administração e a população na resolução desta problemática.

Sob o lema: “Unidos venceremos a liberdade e justiça social”, o acto provincial na Huila, aconteceu no município mais a sul, Caconda, testemunhado por centenas de populares, políticos e governantes. A data ficou igualmente marcada com a inauguração de várias infra-estruturas básicas de apoio às populações, assim como a cerimónia mereceu a animação de músicos locais, interpretando temas na língua umbundo (local).

OPAIS

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