No discurso, Biden alertou para a crescente ameaça da expansão dos governos autocráticos e lembrou que as democracias necessitam de um “constante esforço de renovação e de fortalecimento”.
O Presidente norte-americano pediu, assim, o esforço de todos os regimes democráticos “para esta luta contínua” de afirmação dos valores da liberdade, dirigindo-se aos líderes de mais de uma centena de países que participam, entre hoje e sexta-feira, nesta cimeira virtual conduzida a partir de Washington.
“A democracia não acontece por acaso. Temos de a defender, lutar por ela, fortalecê-la, renová-la”, disse Biden, lembrando estudos que revelam que as democracias globais estão a ser ameaçadas e estão em retração.
Referindo o descontentamento da população que vive em regimes democráticos, por não sentir que estes dão resposta aos seus anseios e necessidades, o Presidente dos EUA insistiu.
“Ainda assim, as democracias persistem, porque são uma forma de governo resiliente”, disse, argumentando que este regime vive melhor “com consensos e com diálogo”, sendo uma forma privilegiada de “resolver problemas”.
“Temos de lutar pelas nossas liberdades. Pela liberdade religiosa, pela liberdade de imprensa, pela liberdade de expressão”, acrescentou Biden, indicando que esta Cimeira para a Democracia tentará ser um fórum de discussão sobre ideias para “reforçar” as democracias, combatendo a corrupção e assinalando os valores democráticos.
“Vamos provar que as nossas democracias ainda serão capazes de muitos sucessos”, concluiu Joe Biden.
Na cimeira virtual, o Presidente norte-americano reúne líderes de governos, mas também do setor privado e de organizações civis, num esforço global para defender as democracias contra o autoritarismo, a corrupção e os ataques sistemáticos aos direitos humanos.
Joe Biden disse querer combater a tendência de degradação das democracias no planeta, apresentando a cimeira como uma espécie de frente de países livres contra as tiranias e os populismos.
Como exemplo dessa luta, Biden disse que vai defender a criação de um fundo para financiar os ‘media’ livres e independentes, para que possam realizar a sua função de monitorizar o funcionamento dos governos em países onde a liberdade de imprensa está a ser ameaçada.
“As opções que tomarmos hoje, terão consequências no futuro”, concluiu o Presidente dos EUA, dando início aos trabalhos da Cimeira para a Democracia.