Este apelo surge na sequência de um debate solicitado pelo Grupo Parlamentar do MPLA que teve como tema: Manutenção da ordem e Tranquilidade antes e depois da realização das eleições gerais.
A proposta do debate do MPLA apela aos militantes de todos os partidos no sentido de pautarem as suas condutas de forma cívica e sem violência na corrida às eleições de 24 de Agosto próximo.
O partido no poder pede medidas que resguardem a "integridade de eleitores, durante a festa da democracia que vai acontecer em Angola pela quinta vez".
"O MPLA defende a realização no País de eleições pacíficas, ordeiras. Condenamos todos actos de violência que possam surgir no antes e depois das eleições", diz o documento do MPLA apresentado no parlamento.
O partido que governa Angola desde a independência nacional em 1975 reafirmou a obrigação de todos os partidos políticos, sem excepção, de fazerem tudo para credibilizar as eleições de 24 de Agosto.
O deputado da UNITA Franco Marcolino Nhani apelou à Comissão Nacional Eleitoral (CNE) para fixar os cadernos eleitorais nas zonas em que se registaram principalmente nos municípios, para que os cidadãos saibam, com certeza, onde vão exercer o seu direito de voto.
"Faltam poucos dias para a realização das eleições e até aqui os cidadãos não sabem onde votar. Do ficheiro informático que o Ministério da Administração do Território entregou à CNE não foram expurgados milhares de cidadãos falecidos. São estas e outras situações que podem provocar violência, se não forem acauteladas", argumentou.
O deputado da CASA-CE Alexandre Sebastião André espera que os partidos concorrentes às eleições gerais de 24 de Agosto não influenciem as forças da segurança e ordem para aderirem à violência.
"As forças da ordem e segurança devem proteger as instituições, os cidadãos e não podem aceitar propostas de políticos que querem partir para a violência nesta fase das eleições gerais", disse.
O presidente do PRS, Benedito Daniel, apelou à reposição de instrumentos que facilitem o bom funcionamento da abordagem eleitoral e das eleições por parte de todos.
"Queremos eleições justas, livres e transparentes. Todos actos que perigam o processo eleitoral devem ser revistos", frisou. NJ