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Quinta, 21 Julho 2022 19:32

Oposição quer garantias da PN de que não se vai deixar influenciar antes e depois das eleições

Os partidos da oposição com representação parlamentar pediram hoje, na última reunião plenária, às forças de segurança para que não se deixem influenciar na sua actuação antes, durante e depois das eleições de forma a evitar vagas de violência.

Este apelo surge na sequência de um debate solicitado pelo Grupo Parlamentar do MPLA que teve como tema: Manutenção da ordem e Tranquilidade antes e depois da realização das eleições gerais.

A proposta do debate do MPLA apela aos militantes de todos os partidos no sentido de pautarem as suas condutas de forma cívica e sem violência na corrida às eleições de 24 de Agosto próximo.

O partido no poder pede medidas que resguardem a "integridade de eleitores, durante a festa da democracia que vai acontecer em Angola pela quinta vez".

"O MPLA defende a realização no País de eleições pacíficas, ordeiras. Condenamos todos actos de violência que possam surgir no antes e depois das eleições", diz o documento do MPLA apresentado no parlamento.

O partido que governa Angola desde a independência nacional em 1975 reafirmou a obrigação de todos os partidos políticos, sem excepção, de fazerem tudo para credibilizar as eleições de 24 de Agosto.

O deputado da UNITA Franco Marcolino Nhani apelou à Comissão Nacional Eleitoral (CNE) para fixar os cadernos eleitorais nas zonas em que se registaram principalmente nos municípios, para que os cidadãos saibam, com certeza, onde vão exercer o seu direito de voto.

"Faltam poucos dias para a realização das eleições e até aqui os cidadãos não sabem onde votar. Do ficheiro informático que o Ministério da Administração do Território entregou à CNE não foram expurgados milhares de cidadãos falecidos. São estas e outras situações que podem provocar violência, se não forem acauteladas", argumentou.

O deputado da CASA-CE Alexandre Sebastião André espera que os partidos concorrentes às eleições gerais de 24 de Agosto não influenciem as forças da segurança e ordem para aderirem à violência.

"As forças da ordem e segurança devem proteger as instituições, os cidadãos e não podem aceitar propostas de políticos que querem partir para a violência nesta fase das eleições gerais", disse.

O presidente do PRS, Benedito Daniel, apelou à reposição de instrumentos que facilitem o bom funcionamento da abordagem eleitoral e das eleições por parte de todos.

"Queremos eleições justas, livres e transparentes. Todos actos que perigam o processo eleitoral devem ser revistos", frisou. NJ

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