Ao intervir durante uma jornada de campo nos municípios de Luanda e do Cazenga, o líder partidário afirmou que, com esses dados, será mais fácil para os cidadão saber quanto existe nos cofres do Estado e para o Governo projectar novos investimentos.
Nos últimos meses, o Governo, por via da Procuradoria Geral da República, tem desencadeado um processo de arresto de bens construídos com fundos públicos, que estavam em posse de privados.
Em paralelo, o Estado angolano leva a cabo um processo coercivo de recuperação de bens transferidos licitamente para o exterior do país, ao abrigo da Lei de Repatriamento de Capitais.
Esse processo já permitiu, entre outras medidas, a recuperação de três importantes unidades fabris do ramo têxtil e vários imóveis habitacionais.
Adalberto Costa Júnior saudou, por outro lado, as medidas de combate à corrupção encetadas pelo Executivo, mas disse que “prender todo mundo não será a solução”.
Para si, é preciso as autoridades do país abrirem novos espaços de diálogo com os cidadão que defraudaram o Estado, para encontrar-se soluções que “sirvam a todos”.
Noutro domínio, o líder da UNITA reiterou a necessidade de se proceder à revisão da Constituição da República, fundamentando que é a única forma de o país vir a conhecer alternância de poder político.
Antes do discurso, Adalberto Costa Júnior participou uma marcha, de aproximadamente 20 quilómetros, que partiu do mercado dos Congoleses e terminou no do Asa Branca, município do Cazenga. Pelo menos mil militantes participaram da marcha.