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Quinta, 11 Julho 2019 15:06

UNITA e Governo estão a criar condições para recuperar os restos mortais de outros dirigentes históricos

O líder do Grupo Parlamentar da União Nacional para Independência Total de Angola (UNITA), Adalberto da Costa Júnior, avançou que o seu partido e o Governo já estão a criar condições para recuperar os restos mortais dos dirigentes do "Galo Negro" mortos em Luanda no massacre de 1992.

Trata-se de Jeremias Kalandula Chitunda, vice-presidente do Partido, Adolosi Paulo Mango Alicerces, secretário-geral do partido, Elias Salupeto Pena, chefe da delegação da UNITA na comissão conjunta entre o Governo e a UNITA, e o brigadeiro Eliseu Sapitango Chimbili, chefe dos serviços administrativos em Luanda, mortos na sequência da rejeição, pela UNITA, dos resultados das eleições gerais.

Adalberto da Costa Júnior referiu que o seu partido está também em contacto com uma das viúvas do ex-vice presidente da UNITA, António Dembo, que tem uma ideia onde foi sepultado o seu marido para a recuperação dos seus ossos e a posterior realização de um funeral condigno.

"Estamos a trabalhar com uma das viúvas do nosso ex-vice presidente que tem uma noção onde foi sepultado o seu marido", expôs ao NJOnline Adalberto da Costa Júnior, que acrescentou que o Governo e a UNITA têm vido a divergir quanto à localização e à recuperação das ossadas do antigo dirigente.

António Sebastião Dembo morreu no dia 25 de Fevereiro, dois dias depois de Jonas Savimbi ter sido emboscado pelas Forças Armadas Angolanas, a 22 de Fevereiro de 2002, no leste de Angola.

O que ficou conhecido por "massacre" começou a 30 de Outubro de 1992 em Luanda e espalhou-se a todo o País. No espaço de três dias, foram assassinados milhares de apoiantes da União Nacional para Independência Total de Angola e da Frente Nacional de Libertação de Angola.

O massacre ocorreu depois de uma fase de paz que se seguiu aos acordos de Bicesse, celebrados em 1991 e veio desencadear uma nova escalada de violência em Angola, com o prolongamento da guerra civil até à morte de Savimbi, em Fevereiro de 2002. A paz foi oficialmente declarada a 04 de Abril de 2002. NJ

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