Meses após a realização de eleições gerais, o pais encontra-se a contas com mais uma crise cambial, desta vez sem precedentes, provocando um incontrolável aumento geral de preços (produtos e serviços) e o agravamento superlativo do já incompativel e reduzido poder de compra dos cidadãos, pondo em causa a satisfação das suas necessidades sociais devido à parca e incipiente produção interna e à excessiva dependência às importações de bens de primeira necessidade.
O país está quase falido e por isso paralisado, e sem solução à vista, que ajude a tirá-lo do marasmo que o envolve. Por outro lado, o cidadão nacional encontra-se de costas viradas com o regime e sobretudo com o presidente do MPLA que também é presidente da república.
Apesar das sucessivas derrotas eleitorais, a UNITA nunca parou para assumir os seus próprios erros, preferindo sempre responsabilizar o MPLA por alegada fraude, uso de tecnologia ou até o registo de estrangeiros como eleitores.
Todos que acompanharam o processo eleitoral brasileiro de domingo, 30 de outubro de 2022, devem ter retirado com certeza, as devidas ilações comparativas em relação ao processo eleitoral angolano. Já se percebeu, que as motivações encontradas em cada um dos processos eleitorais, obedeceram a critérios completamente diferenciados um do outro.
Pela primeira vez na história política de Angola, a UNITA protagonizou algo inédito, contratacando o regime que se encontra percentualmente débil. Ė um feito que jamais se esquecerá por décadas. Angola, não será a mesma depois da formalização desse processo à Assembleia Nacional.
O governo do MPLA terá que enveredar por outros caminhos que gerem fundos para uma mudança equilibrada de rumo, que sinalize investimentos efetivos e novas fontes para a chamada diversificação da economia.
Fugir do medo não ameniza a intranquilidade, nem fortalece o status quo do actual regime, menos ainda fará com que o problema desapareça. Não adianta tentar desviar as atenções do povo que desejam responsabilizar o javali e não o porco. Deixem o porco no chiqueiro o porco.
O MPLA começa a entender a enorme reprovação quase geral, do modo como o presidente João Lourenço governa o país. Desde que subiu ao poder, o presidente João Lourenço, utiliza levianamente o poder cometer todo o tipo de atrocidades sem nunca ter sido responsabilizado pelo bureau político do seu partido.