Segunda, 13 de Mai de 2024
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Hoje acordei e pus-me a somar o número de jovens entre mortos e vivos que de uma maneira ou de outra já foram vítimas da estratégia criminosa elaborada por JES para tentar silenciar principalmente jovens que se vão destacando como intelectuais de grande gabarito críticos do seu regime e conclui que com Domingos Da Cruz já são exatamente 84.

José Eduardo dos Santos quer garantir a continuidade do sistema que estabeleceu e proteção para si e para a sua família. A sua saída do poder é um fator de risco para toda a gente que o rodeia.

Segunda, 04 Abril 2016 13:18

As manobras de Angola

Não é por acaso que muitos acreditam que as condenações do grupo de 17 não são mais do que uma forma de desviar as atenções dos muitos problemas de Angola

Angola é uma ditadura, é tudo menos um Estado de direito e mesmo que o fosse a situação não mudava. Não é uma novidade, desde sempre que o regime de Luanda ignorou os direitos mais elementares dos cidadãos.

Seremos assim tão vulneráveis aos ditames de Luanda? Creio que não.

1. A condenação de 17 activistas angolanos pelo “crime” de estarem a ler um livro e, ao mesmo tempo, a planear uma “rebelião” contra o Estado angolano, veio remexer numa ferida aberta há muitos anos que sistematicamente se infecta pelas razões mais lamentáveis. Para qualquer cidadão de uma democracia é absolutamente condenável esta forma de tentar erradicar qualquer crítica ao regime, por mais inócua que seja. Para o Estado português, as coisas não são assim tão óbvias, por boas mas também por muito más razões.

As autoridades cubanas entregaram, às Força Armadas Angolanas (FAA), um acervo militar das suas “forças internacionalistas” de “libertação pela independência” de Angola. Esta cerimóna, no Museu das Forças Armadas em Luanda, é um bom pretexto para pôr alguns pontos nos iis. Pois há 40 anos, quando as suas tropas sustentavam o esforço militar, foi muito o que seguiu para Cuba: dinheiro, carros, material hospitalar e até fábricas inteiras.

Mais de cinquenta anos depois do histórico processo de descolonização, da consolidação das independências nacionais, soberania e integridade territorial dos antigos países colonizados, persistem tentações nalgumas partes do mundo para o retrocesso.

Esqueçam por momentos Luaty Beirão e concentrem-se em Alfredo Mambua, um humilde aldeão do norte de Angola. Porquê? Com ou sem genuínos créditos democráticos, Luaty é um privilegiado da corte.

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