Meus caros leitores, tenho resistido na escrita de artigos de opinião, não por que não queira desistir, afinal, escrever artigos de opinião, é um dos ofícios mais caros para mim. O silêncio, muitas vezes, diz mais. Entretanto, não poderia fugir eternamente da convocação da escrita. Mas, escrever sobre o que exactamente aconteceu em Angola, nesses tempos modernos em que dizer a verdade se tornou provocação, meus caros leitores, veio me acudir uma ideia que me aconselhou a versar sobre a tirania de Dr Savimbi enquanto vivo, esse fenómeno que atribulou milhares de angolanos, desde os tempos dos conflitos armados pós - independência até a morte de Jonas Savimbi em combate.
Como o angolano na defesa dos roubos (crimes) praticados pelos seus pais, tios, irmãos, primos, cunhados, avós, sobrinhos e filhos se sente ainda assim feliz, vaidoso e orgulho por se beneficiar dos resultados de tais atos indecoroso que tem causado tanto sofrimento aos milhões de angolanos não deve haver igual.
O bom na política mesmo parecendo as vezes ser um jogo muito sujo, é a vantagem que as pessoas têm em poder mudar de opinião quando os factos os aconselha e ninguém estar condenado a ter que morrer com as suas ideias fixas.
Isabel dos Santos, Mário Silva e Sarju Raikundalia foram autores de várias manobras na Sonangol que se coadunam com os crimes de abuso de confiança, burla e branqueamento de capitais. Isto mesmo foi declarado por Carlos Saturnino, presidente do Conselho de Administração da Sonangol, em conferência de imprensa no dia 28 de Fevereiro de 2018. Consequentemente, os três indivíduos em questão devem ser investigados e julgados.
Até há pouco tempo, Angola dava o dinheiro e Portugal fornecia a impunidade. Agora, há muito nervosismo da classe política e dos ex-governantes portugueses que se transformaram em homens de negócios.
Dr Savimbi fizera de Angola num trágico espaço revelado como a trincheira firme de balas e canhões. Dr Savimbi, via no seu acolhimento a expressão do apreço pela luta do Partido UNITA em prol de assassinato de milhares de angolanos, em prol de tortura de milhares de crianças, em prol do implante no espaço angolano de milhares de famílias órfãs de guerra, facto este desenvolvido durante dezenas de anos em matas fechadas onde instituíra uma tirania fascista da qual desembocava para o País fora.
Mais de duas décadas depois de algum costume, político, jurídico, e porque não de moldar a vida ao paradigma do que determina a lei, persistem práticas que resistem e inviabilizam a caminhada para a efectivação dos pressupostos do verdadeiro Estado de Direito.
No momento presente o que se pede a todos os agentes políticos são, sobretudo, práticas responsáveis, quer a quem decide, quer a quem se opõe a essas decisões!