Imaginemos que um muadie entra numa instituição pública, e como é tão "sorteado" encontra o cofre onde essa instituição guarda os kumbus que arrecada. E leva toda massa e passa a "viver uma vida mulata", bem fica já layfado ou podre com as notas verdes.
O cerco chega às redondezas do homem que sempre desmantelou o plano de perseguição em curso no actual regime governado pelo General João Lourenço. Estou completamente pessimista, e não vaticino nada de edificante nesta cruzada de luta contra corrupção sem equidade, nem princípio de boa - fé, onde todas as vozes contrárias são privadas de falar por terem opiniões adversárias a do Chefe.
Sei que o Ministro Joao melo disse que “Não é preciso dizer mais nada” sobre a comparacao entre os fogos da Amazonia e de Angola, porem a coisa acaba sendo muito mais grave para Luanda e Brasília a longo prazo do que parece.
O Jornal de Angola publica o “direito de resposta” do nacionalista Nzau Puna, como reacção a uma crítica do historiador Pezarat Correia, que o acusa de fantasiar, quando, no seu livro “Mal me Querem", coloca a ideia segundo a qual “Portugal decidiu, em Alvor, fazer de Cabinda parte integrante de Angola”.
Desde que o novo Executivo entrou em funções e se propôs mudar radicalmente o estado de coisas negativas que marcavam o país, com as acções centradas na luta pela recuperação dos dinheiros públicos desviados e no bloqueio de prováveis novas tentativas, o combate à pequena corrupção não deixou de, também, ser motivo de preocupação.
O secretário de Estado do Interior disse, na terça-feira, em Luanda, num seminário sobre a matéria, que Angola “está sem registos de tortura e maus tratos”, o que discordo em absoluto, com base no dia-a-dia nacional.
Há sempre um espírito dos tempos. Mesmo na antiguidade, impulsos dotados de força e poder, com características semelhantes, promoveram as elites em sociedades separadas por abismos ainda não transportados. Talvez, a explicação de tal facto, é metafísico, e longe da nossa amplitude de consciência.
Não vejo motivos para pensar o contrário: Já sei, que alguns mais velhos da minha geração e não só, vão me dizer que essa juventude de hoje está toda corrompida e que não dá para contar com ela.