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Domingo, 05 Janeiro 2014 06:30

Baixa de Cassange não foi conquista nem é apanagio do Mpla/Jes

Torna-se doloroso e até mesmo intrigante a todo bom militante do MPLA ver o partido dos seus sonhos afundar-se completamente, e também assistir impávido o seu descarrilamento, pontificando de seguida para uma inigualável descaracterização, daquele que já foi considerado um dos maiores baluartes atuantes da cena politica e militar dentre os então movimentos, que ajudaram a libertar Angola do jugo colonial fascista.

A QUEDA VERTIGINOSA DO PARTIDO QUE JÁ FORA CONSIDERADO O MAIOR MOVIMENTO POLITICO MILITAR EM ÁFRICA!

O MPLA foi no passado recente considerado um potente desiderato da plenitude politica libertadora que a África já vira alguma vez atuar no contexto mobilizador do pós-guerrilha. Inexplicavelmente o partido que em outros tempos dera provas da sua grandeza e de fidelidade perante os angolanos, por ter estado sempre ao lado do povo na peleja contra a FNLA e UNITA no passado recente, para admiração de todos, agora vemos o partido dos camaradas claudicar e dar mostras de tamanha desfaçatez por desequilibrar sequencialmente no relacionamento salutar com o povo e sobretudo por perder junto do povo a sua identidade de partido de massas.

 A atual direção do MPLA/JES movimenta-se descompassadamente por subterrâneos obscuros onde a ganancia funciona juntamente com o nepotismo e a desqualificável ilicitude da corrupção há mais de trinta e quatro anos sob comando direto do enigmático líder mafioso José Eduardo dos Santos, que por sua vez se encontra circundado pelos seus confrades gatunos e assassinos.

A muito que a vagabundagem mesquinha infiltrada no seio do MPLA sequestrou o partido acabando mesmo por assassinar os verdadeiros ideais do valoroso MPLA; essa situação levou a outras ainda mais estranhas, terminando por alterar tremendamente o modus operandi do grande partido de massas que fora no passado recente. Hoje o MPLA não passa de um farrapo transformado num horripilante partido elitista complexado, e está completamente descaracterizado e se encontra bastante longe dos objetivos para que foi criado.

O MPLA DE OUTRORA E O DE HOJE NADA TÊM EM COMUM!

O MPLA de hoje está perto do fim da linha, e atingirá com toda certeza o limite que o levará a derrocada total! Se o MPLA não se encontrar rapidamente e fortalecer-se buscando a sua identidade de partido popular, e modificar já a seu estilo impopular de fazer politica não haverá salvação possível que evite um total rompimento das relações substancialmente enfraquecidas entre a ensoberbada cúpula altista do partido já de si bastante quebrado, e o povo que se encontra ressabiado e desiludido ao extremo.

Para se entender melhor essa minha preocupada observação, basta para isso retroceder um pouco no tempo, e verificarmos in loco, que o partido de outrora, e o de hoje nada têm em comum.

Vislumbramos hoje um MPLA fraco, mentiroso, sem ritmo e completamente acuado e desestruturado, sem o reconhecimento aceitável, completamente inanimado e muito instável, que sobrevive apenas dos desencantados discursos do seu chefe de quadrilha.

José Eduardo dos Santos a muito deveria ter-se ido embora e por acumulo que leva-se igualmente suas filhas e filhos e demais familiares e seus diletos amigos para que o partido aprende-se a lidar com os novos tempos para evitar eventuais tempestades, e, assim  pode-se vir sobreviver as experiências da nova era do pós-regime de partido único.

Ninguém em sã consciência poderá afirmar que conhece a capacidade mobilizadora do atual MPLA nesses novos tempos da modernidade politica explicita, e pelo que sabemos ela é de facto nenhuma! Hoje deparamo-nos com um partido sem prestigio nenhum tanto a nível nacional como internacionalmente, na verdade o partido de Eduardo dos Santos vai de mal a pior por esta de tal maneira comprometido com a criminalidade do colarinho branco.

É sim verdade, e todos sabemos que o MPLA/JES esta totalmente contaminado desde a cúpula até a  base com a corrupção, o nepotismo, o peculato; e essa grande vagabundagem estremada, encontram-se cercadas das riquezas varias roubadas ao seu legitimo dono, o povo. Esses senhores larápios acabaram por esquecer-se do seu ideal maior, que é servir o povo e não valer-se veladamente do eufemismo vulgarizado da roubalheira para se servirem da riqueza e do povo, para alimentarem a sua ganancia que lhes permite viver luxuosamente, como vemos acontecer nos dias de hoje!

É inacreditável que o partido esteja a viver essa fase de triste vergonha sem que tenha a coragem de exercitar-se e fazer uma refutável inflexão mediática para assim tentar inverter a atual situação, que se agrava a cada dia mais e se torna existencialmente penosa. Taxativamente nego-me a deixar sucumbir o partido MPLA de aspiração popular, um partido vanguardista e de massas que sempre foi desde 1975, e deixa-lo navegar em águas estranhamente turvas situadas em praias elitistas do grande capital flutuante.

O DIALOGO COM A SOCIEDADE POLITICA E CIVIL ANGOLANA, É A ÚNICA SAÍDA QUE O MPLA POSSUI, PARA SAIR DO OSTRACISMO EM QUE VOLUNTARIAMENTE ENVEREDOU!

Atualmente o partido MPLA/JES vive uma situação de tal modo insustentável e verdadeiramente incongruente, que o leva a atingir o apogeu desconfortável da mentira e da ignorância politica sistêmica, e não consegue mais interagir harmoniosamente com a sociedade angolana. O MPLA não é nem nunca foi um partido com experiência nem tem sabedoria suficiente para conviver democraticamente com os demais partidos fora do circulo do poder corrosivo e enganador, comandado pelo doentio ditador Dos Santos.

Na verdade o futuro politico do valoroso MPLA esta de sobremaneira hipotecado e encontra-se aprisionado em mãos erradas e sujas de sangue, o que, faz-se necessário e urgente resgata-lo das mãos desses interpostos impostores de caráter sinuoso.

É inevitável aceitar-se que o partido MPLA está completamente desnorteado, sem saída e sem aceitação que o leve a aportar as suas desesperantes memorias malévolas. Como se pode aceitar que o nosso MPLA esteja prisioneiro de gangster e de traficantes de carne humana de mulheres para a prostituição internacional? Como pode um líder que se diz democrata aceitar colocar o partido de rastos? Por acaso a lei não é cega em Angola? Ou ela funciona apenas para punir os ladrões de galinhas e os pretos pobres e vendedores de ovos cozidos?

AFINAL QUANDO É QUE O PRESIDENTE VITALICIO DO MPLA E DA REPÚBLICA VAI NOTIFICAR O PAÍS, E DAR A CONHECER O POVO SOBRE O AFASTAMENTO NECESSÁRIO DAS LIDES POLITICAS DO SEU SOBRINHO TRAFICANTE DE CARNE HUMANA PARA PROSTITUIÇÃO INTERNACIONAL, E INVETERADO JOGADOR VICIADO DE BATOTA? E QUANDO DARÁ ORDENS AO SEU “PGR” PARA COLOCAR BANDIDO BENTO ANALFABETO KANGAMBA DOS SANTOS NA CADEIA?

Afinal quando é que o presidente vitalício notificará o país da necessária desvinculação de toda atividade politica partidária do seu famigerado sobrinho Bento Analfabeto Kangamba dos Santos, protagonista de crimes nacional e internacionalmente conhecidos como trafico de carne humana para prostituição internacional e inveterado jogador de batota? Quando veremos o acuado e medroso presidente angolano a mandar colocar na cadeia essa escumalha de bandidos e de outros perigosos meliantes bem posicionados no ranking da comiseração politica degradante do imprestável MPLA/JES!

A BAIXA DE CASSANGE NÃO É, NEM NUNCA FOI APANAGIO DO MPLA/JES, NEM DE NENHUM PARTIDO E/OU MOVIMENTO POLITICO.

O caso que se convencionou chamar de os crimes da Baixa de Cassane nunca foi apanágio do MPLA/JES nem de nenhum outro qualquer partido politico. Tratou-se apenas e só de uma revolta do povo ambaquista que se sentiu ultrajado no seu próprio território, e desgastado com a situação, decidiu agir em defesa dos seus interesses contra a COTONANG, empresa colonial fascista vocacionada na altura ao cultivo do algodão.

Essa antiga empresa do estado colonial, agia maliciosamente restringindo todos os direitos inalienáveis do povo trabalhador autóctone, e insistia tal como o MPLA hoje trata insistentemente os donos da terra como se fossem peregrinos estrangeiros na sua própria terra.

Hoje podemos taxativamente afirmar que o MPLA/JES a muito ultrapassou o índice da marca dolorosa de proporções descomunais de criminalidade politica do Portugal colonialista, que feriu continuamente o respeitável povo malangino.

 As politicas exclusivistas do regime, que teimosamente nega o direito de integrar os autóctones para acompanhar verificação e fiscalização da gestão da coisa pública, que impudicamente tem sido presuntivamente roubada e desviada ilegalmente para paraísos fiscais em beneficio da família feudal que sequestrou o país politico e financeiro, e subverteu todas as liberdades de ir e vir e de expressão do povo nacional.

FICARIA MUITO MELHOR AO BUREAU POLITICO DO PARTIDO DE EDUARDO DOS SANTOS FECHAR A MATRACA E APRESENTAR TRABALHO, AO INVÉS DE REIVINDICAR IRREFLETIDAMENTE ALEGÓRICAS VITORIAS VIRTUAIS, ONDE SEQUER TEVE ALGUMA VEZ, QUALQUER INTERVENÇÃO RELEVANTE JUNTO DA PÁTRIA QUIMBUNDO.

É sim verdade que nessa Assembleia nacional e/ou do povo, tanto faz, o MPLA/JES tudo pode e tudo faz e como quiser fara, para que tudo decorra a seu bel prazer, pois tudo está preparado para que não haja nenhum debate politico verdadeiramente conciliador na Assembleia nacional a respeito do dia 04 de Janeiro dia do morticínio da Baixa de Cassange em malanje.

Tudo acontece nesse hemiciclo chamado de Assembleia nacional, como se fosse uma nebulosa peça teatral onde sobressai a rotineira mentira enganosa parecida com a encenação de uma desastrada peça teatral desarticulada arrojadamente tragicômica com contornos arrogantes e completamente desarticulada. O MPLA/JES tem vindo a incrementar insistentemente politicas públicas medíocres de exclusão social para agradar apenas uma minoria muito rica em detrimento da maioria esmagadora do povo angolano cada vez mais empobrecido.

 Logo se subentende que o partido de Eduardo dos Santos vai constituir o dia 04 de Janeiro como o dia da repressão colonial. Ora, nós a oposição politica agregada a sociedade politica e cível ativa extrapartidária, podemos desde já, e urgentemente confluir em ideias com força de pensamento, e com atitude congregar os partidos extra parlamentares como o Bloco Democrático para juntos pressionarmos para que seja considerado o dia 27 de Maio de 1977 e o dia 19 de Março de 1992 como o marco da resistência contra repressão neocolonialista.

Temos que responsabilizar de uma vez por todas o MPLA/JES da praticidade dos crimes claramente hediondos de características políticas neo-fascizantes.

Fica claro para a sociedade angolana no seu todo dar urgentemente um basta às imensas tropelias e a todas investidas mortais protagonizadas pelo regime do velhote Dos Santos. Não podemos mais continuar a ignorar a letalidade criminosa do regime déspota do presidente bandido, dos seus familiares, e dos amigos meliantes, sob pena de sermos todos aniquilados pelos seus sequazes.

Raul Diniz

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