Angola é hoje um verdadeiro barril de pólvora ambulante, mesmo assim, os protagonistas pançudos da nossa desgraça, continuam orgulhosamente a deambular vergonhosamente alegres pelas artérias de Luanda, a capital feudal criado a imagem e semelhança do caduco MPLA. O partido-estado, facilmente impôs-se como o promotor da desgraça que impera hoje em toda Angola.
Os políticos Lourencistas no MPLA, deduziram erradamente, que apos o pleito eleitoral de agosto de 2022, continuaria tudo na mesma, sem sobressaltos e sem qualquer resistência a vista. debalde.
João Lourenço e o MPLA terão de aprender a fazer leituras diferenciadas dos sobre os novos tempos e sobretudo avaliar melhor as mudanças que se operaram em Angola, e perceber em definitivo que o exercício da democracia é a ponte do crescente conhecimento crescente.
Hoje se entende que o pensamento político-social angolano possui vários DNA(s), e funcionam como uma velha e astuta quimera.
Essa fórmula fortaleceu a verticalidade do processo democrático e do pensamento político-edeológico.
Também está comprovado, que o povo se nega a caminhar eternamente a reboque de uma só vontade extraída do pensamento confuciano do arquiteto da grande Califórnia benguelense.
O grande divisor de águas, que separou a plebe dos iluminados revanchistas do regime, foi não se sentarem a mesa e beber do mesmo elixir promotor do odio. A verdade é que foi encontrado um denominador comum, que equilibra as partes envolvidas no processo de maturação a formatar um enorme quinhão de uma diversidade de correntes do pensamento político-social.
O grande erro da administração de João Lourenço, foi acreditar que á intelligentsia angolana seguiria eternamente as pegadas do presidente da república nacionalmente desprestigiado e internacionalmente ignorado.
O país procura por rumar seguro em busca de um novo começo. Os angolanos descobriram que precisam muito de conversar entre si e buscar soluções inovadores revigorantes.
Os governantes têm que acabar com a mania de confundir o estado do governo e vice-versa. É importante clarificar essa situação, para isso, tem que haver muito diálogo. É entendível que o diálogo é hoje considerado uma necessidade fundamental transversal. Não é legítimo manter o povo afastado da governação do país.
Angola precisa urgente de produzir reformas credíveis para crescer seguramente. Todo angolano deve participar na construção das eventuais reformas administrativa e sobretudo a tributaria e do estado.
A reforma tributaria terá que ser abrangente e polivalente, para ajudar na arrecadação de receitas que suportem a máquina do aparelhado de estado que é de facto pesada e caríssima.
Por outro lado, o processo de crescimento da economia não pôde depender do governo central, pensar assim é o mesmo que decidir que o processo de crescimento da economia comece de modo errado. É importante do ponto de vista de equilíbrio político fazer acordos internacionais, mas, a economia tem o seu peso no campo, digo no agronegócio e na industrialização da agricultura. Fica claro que não se diversifica a economia com teorias economicistas.
É preciso encontrar caminhos sistematizados que interajam com o desenvolvimentismo e o crescimento, a começar pela macro e microeconomia, sobretudo, é preciso explorar novas fronteiras em redor de Angola, os acordos internacionais entre os estados podem até ser importantes, mas, os negócios lucrativos são infrarregionais. Isso significa dizer, que o governo tem que acabar com esse backlog, reavaliar a situação e acabar com esse volumoso despesismo sistémico que grassa nesse sistema de governação ambígua.
Somente há desenvolvimento com previsibilidade e rigor inclusivo.
A presidência da república é a instituição mais despesista do país, que abocanha uma fatia astronómica do (OGE) orçamento geral do estado. Só para exemplificar, o orçamento que cabe a presidência da república, é maior que os orçamentos rubricados para a educação, saúde e o judiciário juntos.
Para um país improdutivo como é Angola, esse imbróglio não tem como dar certo. É preciso acabar com o desregramento orçamental prognosticado pelo governo patrocinado pelo partido elevadamente fisiológico como é o MPLA.
É preciso que a lei e a constituição deixem de ser desrespeita, hoje quem mais ataca e desrespeita a constituição é o presidente da república João Lourenço.
O importante para Angola e principalmente para os angolanos hoje, é a realização das eleições autárquicas. Temos que obrigar o regime a ordenar a bancada do MPLA a terminar o pacote legislativo eleitoral autárquico e determinar a data concreta para a realização das mesmas em todo país.
O país não pôde continuar com as mesmas cores de há 48 anos a esta data, ninguém mais tolera o discurso lacónico do presidente da república, nem se pôde mais aceitar de animo leve o sequestro da imprensa pública.
É deveras irritante continuar a ver Angola sob domínio alucinante
de um presidente escolhido pelo Manico da (CNE) comissão nacional eleitoral e Laurinda Cardoso, presidente do (TC) tribunal dito constitucional!
É reconhecido que Angola atingiu o zero e bateu com os costados no fundo do poço, agora, é momento de começar a operação restauro para retirar o país do fundo do poço.
Pessoalmente tenho zero dúvidas acerca da interrupção do mandato do presidente João Lourenço. Faz-se necessário neutralizar o ímpeto raivoso da polícia desequilibrada e histérica do regime.
A não acontecer tais situações e apesar de se tratar de um estado de direito atrofiado e precário, a situação no país manter-se-á continuamente instável e porá em risco o alicerce de tal estado de direito, facto esse que levará o país ao Hades astral, pela mão daquele que tem inviabilizado a democracia representativa requerida em Angola.
Estamos juntos
Por Raúl Diniz