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Quinta, 11 Junho 2020 20:13

Reabertura do ano acadêmico no ensino superior em tempo de Covid-19

O mundo não será o mesmo, talvez podemos falar de uma nova era histórica em que a humanidade terá de adoptar novas medidas de adaptação face aos imbróglios que a covid-19 trouxe a ribalta, talvez ela fará parte do mapa das doenças públicas como a malária, SIDA e outras doenças.

O mundo está a se habituar a uma refrescante fase de confinamento e barreiras fronteiriças, mas daqui a três meses o stock não será suficiente e teremos que cada vez mais de nos desconfinar e aumentar o nível de insegurança pública e risco de infecção.

Por hoje as TICS ocupam o espaço central dos diálogos mundiais, países como nosso nem tanto tendo em conta o acesso limitado e cultura tecnológica, mas o incentivo e a facilitação podem mudar esta realidade. Nos discursos acadêmicos a busca de conhecimento é o véu da cultura universitária, dizem os mais atentos que 60% dos conteúdos está sob a mercê dos estudantes. Um ponto importante e fulcral para o ensaio deste novo modelo a apresentar.

Todo estudante tem um código de matrícula, por exemplo no ISCED-LUANDA os códigos são quatro números e ISCED-L, exemplo: 6084ISCED-L, este número serve para aceder ao SGA um sistema informático onde contém os dados do estudante acompanhado com uma senha.

Qual seria a utilidade destes números? O Ministério do ensino superior e das Telecomunicações têm de conversar a fim de que todos os estudantes matriculados estejam cadastrados a uma rede seja ela Unitel ou Movicel e semanalmente serem disponibilizados 100MB para aquisição de matérias em uma plataforma digital criada pela instituição onde conterá:

a) - Matéria de cada cadeira a ser ministrada disponibilizada em Pdf, se for Possível vídeo aula resumo de menos de 10MB (vídeos convertidos)

b) - Bibliotecas Online.

C)- Sala de interacção- onde os estudantes da mesma turma vão trocar impressões sobre as matérias.

d) - Lista de presenças funcionará como mecanismo de controle de quem acessa a plataforma.

e) - Anfiteatro- onde os estudantes vão poder entrar em contacto com outros colegas da escola.

f) - Sala de teste- onde serão realizados os testes, mas será individual para averiguar se a matéria ministrada foi entendida.

g) - Diversos.

Somos um país com problemas sérios de saneamento básico e uma volta presencial seria um perigo para a saúde pública, temos de usar os mecanismos disponíveis para a concretização das políticas públicas em educação. Claramente que este projecto não vai afectar os 100℅ dos estudantes de todas as regiões acadêmicas pelo que reconheço insuficiências, mas o seu melhoramento poderá servir para ajudar uma Angola que precisa caminhar.

Por Timóteo Paulo Miranda.

Activista Político.

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