O mundo está a se habituar a uma refrescante fase de confinamento e barreiras fronteiriças, mas daqui a três meses o stock não será suficiente e teremos que cada vez mais de nos desconfinar e aumentar o nível de insegurança pública e risco de infecção.
Por hoje as TICS ocupam o espaço central dos diálogos mundiais, países como nosso nem tanto tendo em conta o acesso limitado e cultura tecnológica, mas o incentivo e a facilitação podem mudar esta realidade. Nos discursos acadêmicos a busca de conhecimento é o véu da cultura universitária, dizem os mais atentos que 60% dos conteúdos está sob a mercê dos estudantes. Um ponto importante e fulcral para o ensaio deste novo modelo a apresentar.
Todo estudante tem um código de matrícula, por exemplo no ISCED-LUANDA os códigos são quatro números e ISCED-L, exemplo: 6084ISCED-L, este número serve para aceder ao SGA um sistema informático onde contém os dados do estudante acompanhado com uma senha.
Qual seria a utilidade destes números? O Ministério do ensino superior e das Telecomunicações têm de conversar a fim de que todos os estudantes matriculados estejam cadastrados a uma rede seja ela Unitel ou Movicel e semanalmente serem disponibilizados 100MB para aquisição de matérias em uma plataforma digital criada pela instituição onde conterá:
a) - Matéria de cada cadeira a ser ministrada disponibilizada em Pdf, se for Possível vídeo aula resumo de menos de 10MB (vídeos convertidos)
b) - Bibliotecas Online.
C)- Sala de interacção- onde os estudantes da mesma turma vão trocar impressões sobre as matérias.
d) - Lista de presenças funcionará como mecanismo de controle de quem acessa a plataforma.
e) - Anfiteatro- onde os estudantes vão poder entrar em contacto com outros colegas da escola.
f) - Sala de teste- onde serão realizados os testes, mas será individual para averiguar se a matéria ministrada foi entendida.
g) - Diversos.
Somos um país com problemas sérios de saneamento básico e uma volta presencial seria um perigo para a saúde pública, temos de usar os mecanismos disponíveis para a concretização das políticas públicas em educação. Claramente que este projecto não vai afectar os 100℅ dos estudantes de todas as regiões acadêmicas pelo que reconheço insuficiências, mas o seu melhoramento poderá servir para ajudar uma Angola que precisa caminhar.
Por Timóteo Paulo Miranda.
Activista Político.