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Segunda, 11 Mai 2020 06:30

Na nova Angola a corrupção nas escolas públicas ainda é um facto evidente

Os dirigentes à todos os níveis devem encontrar forma de banir a corrupção em Angola, só é possível isso com inteligência, moderação e sensibilidade. É imperativo uma fanática defesa da aplicação da lei quando ela é protectora do cidadão menos favorecido no contexto material.

Desde logo, é imperativo uma justiça social no plano angolano, que tenha impacto sobre a luta digna contra a corrupção em toda esfera do Estado angolano.

Há que ver para Angola uma sábia equidade na defesa dos direitos do homem, vera régua flexível de Lebos de que afirma Aristóteles na ética a Nicómaco, deve – se persistir em tornar a vida do pacato cidadão angolano menos dura, para tal, é imperativo um combate à corrupção de facto, não meramente feito de promessas infrutíferas de que nunca chegam à deitar – se na prática.

Quem estiver colocado num lugar de chefia de qualquer instituição do Estado deve, antes de tudo, ser humilde, ouvir, estudar a situação, aceitar os seus erros e corrigi – los, interpretar e agir com prudência e justiça equitativa. Estamos demasiados fartos das promessas que nunca acabam de acontecer.

Já seria tempo de mudar o quadro das escolas em Angola que continuam a viver uma lástima no contexto da corrupção prestado para o cidadão um ensino de profunda desqualificação?! O Estado tem um único papel de responder a tudo isso com um plano prático que tenha efeito no mundo real de coisas, que saia da palavra para a acção.

O Estado angolano tem a única missão de tornar – se sério, deixar que os planos se efectivem no contexto prático, parar de fazer promessas vãs que não irá cumpri - las, se for combate à corrupção, deve ser prático, não apenas expresso pelas palavras na felicidade do verbo. Fala – se tanto das figuras que dirigiram o País no passado, mas esquece – se por completo do presente que continua imerso num oceano inundado pela corrupção.

Engana – se, quem cogita que subsiste um método digno e honesto que faculta que aos estudantes o ensino secundário nas escolas do Estado, no âmbito do ensino secundário ou profissional. Na famosa Nova Angola importada pelo novo quadro de coisas, a corrupção não morreu, continua viva quanto no passado.

As coisas continuam como sempre eram no passado. Mas os visados continuam ali protegidos feito uma porta de betão fechada à sete chaves na Casa Branca de Donald Trump. A entrada à esses lugares é marcada por um negócio rentável, que conduz para os bolsos dos acusados milhares de kzs. Ninguém se admira, há corrupção activa no ensino secundário em Angola ou ainda em outro lugar, mas os actores de tal teatro continuam ali, de pedra e cal, inamovível.

Porque razão, certos responsáveis de escolas públicas quando suplicados à serem removidos para exercitarem suas funções em outros patamares do Estado sentem – se lesados como se fosse um erro removê – los de seus lugares de destaque. A verdade é que administrar uma escola pública em Angola rentabiliza mais que estar nas minas das Lundas no Luvo a extrair diamantes.

O bolso dos visados abarrota – se não apenas pelo número de vagas e certificados vendidos, mas também, pelos fundos públicos desviados. Há erros sem números verificados à esse nível, porém, tem sido difícil alguém remover os visados nestas instituições aliás, os visados continuam ali, a remodelarem aquele meio como se fosse propriedade de sua natureza. As escolas de formação técnico – profissional são um dos tantos exemplos onde a entrada de estudantes é visada por um suborno àquelas instituições. Persevera a venda de vagas até então, como a única forma do estudante ascender à uma pronúncia numa das carteiras daquelas escolas de natureza pública.

Pergunta – se quando é que os pobres angolanos, que vivem à baixo da linha da pobreza estudarão nas escolas profissionais do Estado, ninguém sabe até quando isso há-de suceder. Sabe – se que, até então, o Estado tomou conhecimento do sucedido mas nada realizou no que concerne a mudança de quadro face ao tão proclamado combate à corrupção.

Quando se fala de vagas nesses lugares, é imperativo ter 250 mil ou 300 mil kzs ou então, em última análise um valor superior para lá entrar, longe disso, é impossível colocar – se à estudar numa das escolas visadas, as escolas profissionais em Angola estão na linha da frente como as que mais vendem vagas aos candidatos que ali vão.

Em 2018 seis candidatos destinaram um valor orçado em 250 mil kzs para cada vaga numa das escolas de formação profissional, porém, os visados, depositaram tal dinheiro às mãos de um intermediário, pela ironia do destino tais indivíduos foram tomados pela intensa ânsia de verem as suas vagas sobre seu alcance, antes do tempo previsto.

O destino foi tão irónico que findo o período de admissão dos candidatos, os indivíduos foram infelizes e não conseguiram ter as vagas tanto auguradas. Desde logo, acorreram à rádio, a TPA para que pudessem denunciar o sucedido, tal fenómeno levou uma rádio de natureza privada a denunciar, mas a TPA recuou desde o início do primeiro instante.

Desde logo, os vendedores desta instituição foram chamados à depor junto do gabinete do Vice – Presidente da República Dr.º Bornito de Sousa para explanarem o que se passa no que concerne a venda de vagas naquela escola de ensino profissional, sabe – se que, desde lá, tal situação morreu solteira, e, nunca mais se falou no assunto, mas o negócio da venda de vagas persiste em pé nestas instituições, só não se sabe porque razão o Estado angolano fechou completamente os seus olhos para permitir que esse negócio alarmante continua a fazer eco na atmosfera angolana.

BEM – HAJA!

João Hungulo: Mestre Em Filosofia Política, Analista Político & Pesquisador

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