A decisão está plasmada num despacho de 30 de abril, assinado pelo governante angolano, ao qual a Lusa teve hoje acesso, que surge poucas semanas depois de relatados episódios de conflito laboral naquela unidade de saúde da capital.
Com este despacho, José Van-Dúnem ordena à Inspeção-Geral de Saúde, num prazo de 30 dias, a revisão dos processos disciplinares movidos pela direção do hospital, dos quais alguns culminaram com a aplicação da pena de demissão , lê-se no documento.
A Lusa noticiou a 15 de abril que a falta de pelo menos 200 enfermeiros levou a direção do Hospital Américo Boavida a aumentar a carga laboral semanal de 30 para 42 horas, gerando descontentamento dos profissionais, além dos processos disciplinares relatados.
A decisão foi justificada pela direção hospitalar com a necessidade de uma maior presença de enfermeiros junto dos doentes, evitando igualmente o elevado número de óbitos que se regista, de diminuir a carga de trabalho individual e aumentar o rácio enfermeiro/cama.
A existência de um elevado número de candidatos ao concurso público de ingresso que apresentam certificados falsos de formação naquela área da saúde justifica igualmente a medida.
LUSA