Trata-se da primeira missão do género e é organizada pelo departamento governamental de Defesa e Segurança do Reino Unido, que auxilia empresas do país na conquista de mercado internacional.
Numa nota sobre a visita, hoje divulgada, a Embaixada do Reino Unido em Luanda recorda que Angola duplicou, na última década, os gastos no sector da Defesa, contando como "áreas prioritárias" a segurança marítima, formação, segurança em aeroportos, segurança nas cidades e guarda fronteiras.
Angola prevê gastar no próximo ano mais de 1,023 biliões de kwanzas (oito mil milhões de euros) na Defesa, Segurança e Ordem Pública, equivalente a 14,11 por cento de toda a despesa nacional, segundo a proposta de Orçamento Geral do Estado (OGE), que está em fase de discussão na especialidade na Assembleia Nacional.
Já em 2014, o país superou os investimentos da África do Sul no mesmo sector, "sendo a mesma uma economia quatro vezes maior que Angola", refere a mesma informação, enviada à agência Lusa.
"Angola tem tido um papel fundamental no processo da pacificação dos Grandes Lagos [África]", enfatiza o documento, acrescentando que este peso internacional de Angola inclui "reformas nas suas capacidades de defesa para responder uma demanda e ameaças emergentes", numa altura em que as Forças Armadas Angolanas preparam a integração de cerca de 2.000 militares numa força de Paz na República Centro-Africana.
No que toca ao sector da Defesa, o resumo da despesa do OGE de 2015 por função prevê um total de gastos de 531.403 milhões de kwanzas (4.283 milhões de euros), ou seja 7,33% de todas as despesas. Dentro deste sector, o documento prevê 6.833 milhões de kwanzas (55 milhões de euros) para "Serviços de Defesa não especificados", correspondente a 0,09% do total.
No sector da Segurança e Ordem Pública, o mesmo documento antevê despesas de 491.626 milhões de kwanzas (3.963 milhões de euros), equivalente a 6,78% do total.
A propósito da visita a Angola de representantes de treze empresas nacionais de Defesa e Segurança, a decorrer entre 24 e 25 de Novembro, aquela embaixada recorda que o Reino Unido possui já um "significativo investimento" no país, com as relações bilaterais a darem "passos significativos".
As exportações do Reino Unido para Angola cresceram 31 por cento no primeiro semestre de 2014, em termos homólogos, face a 2013, afirma a embaixada.
Além disso, Reino Unido e Angola assinaram um acordo de "alto nível" que visa "promover parcerias" para aumentar as actividades económicas.
LUSA