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Quarta, 30 Outubro 2013 16:46

Polícia Nacional sem informação sobre caso que envolve Bento Kangamba Featured

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A Polícia Angolana disse, esta quarta-feira, que não foi ainda notificada pela sua congénere brasileira sobre o desmantelamento de uma rede de tráfico de mulheres para Angola, África do Sul, Portugal e Áustria que alegadamente envolve um familiar do presidente angolano.

A informação foi avançada pelo segundo comandante da Polícia Nacional de Angola, comissário-chefe Paulo de Almeida, à margem de uma conferência de imprensa sobre o processo de desarmamento da população civil angolana.

Segundo Paulo de Almeida, a Polícia Nacional coopera com a polícia de vários países e é também membro da Interpol, mas até agora não foi contactada por nenhuma dessas organizações, nem tem informação oficial sobre o assunto.

"O que ouviram é o que nós também ouvimos. As polícias no mundo estão organizadas e temos cooperação com alguns países do mundo em termos policiais e somos membros da Interpol, nenhuma dessas organizações nos forneceu algum dado ou alguma informação, não fomos nem notificados, nem informados de nada, oficialmente não temos nada", resumiu aquele oficial da Polícia Nacional angolana.

O caso foi divulgado na semana passada pela Polícia Federal brasileira, que levou a cabo a "Operação Garina" durante um ano, que resultou na prisão de cinco pessoas (três brasileiros e dois estrangeiros) envolvidos no processo e à execução de outros onze mandados de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, São Bernardo do Campo, Cotia e Guarulhos, todas no estado de São Paulo, na região sudeste do Brasil.

A polícia brasileira emitiu igualmente um mandado de captura contra dois cidadãos angolanos, que a imprensa brasileira identifica como sendo o empresário e político Bento dos Santos "Kangamba", sobrinho por afinidade do presidente angolano, José Eduardo dos Santos, e o responsável máximo da produtora de espetáculos LS-Republicano de Angola, Fernando Vasco Inácio Republicano.

Entretanto, a agência de notícias angolana Angop noticiou um desmentido de Bento dos Santos "Kangamba" na sexta-feira, em que este recusa a sua implicação no caso, como chefe do esquema internacional de tráfico de mulheres, afirmando que não recebeu qualquer notificação policial sobre os casos alegados e que nunca "manteve quaisquer contactos nesse sentido com cidadãos dos países mencionados".

No desmentido, feito por fonte não identificada, a Angop escreveu que a acusação ao empresário foi feita para "atingir e caluniar outras personalidades" angolanas.

"Facilmente se depreende, pelo teor das notícias, que a intenção de citar o seu nome visa atingir e caluniar outras personalidades" do Estado angolano.

Jornal de Noticias

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Last modified on Quarta, 30 Outubro 2013 17:48