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Terça, 01 Abril 2014 21:30

A angola que não sonhei

Quando tomei a decisão de voluntariamente participar na luta pele libertação de Angola, contra o império colonial fascista em 1974, sinceramente, nunca sonhei que o país descarrilaria um dia para tão aterrorizante e profundo abismo.

É estranho, mas hoje fazendo uma introspectiva avaliação de toda caminhada que a minha mente processou até aqui, reconheço que fomos divinamente agraciados pela mão protetora de Deus  por ainda estarmos vivos!

A NARRATIVA POETICA PROFETIZADA PELO PRIMEIRO PRESIDENTE ANGOLANO, O MÉDICO (NECRÓFILO) DR ANTÓNIO AGOSTINHO NETO CONFIRMARAM-SE. EM ANGOLA OS DITOS ABUTRES NÃO SÓ VIERAM DEBICAR O SEU QUINHÃO DE CARNE POTREFICADA COMO CONTINUAM CARNE HUMANA  DEIXADA PELO RASTO DE ASSASSINATOS PROTAGONIZADO POR ELE ANTES DE MORRER.

Tenho feito a mim mesmo uma variedade de perguntas que duvido algum dia vir a obter qualquer resposta a respeito, que não seja o estrondoso e barulhento silencio. Por exemplo, interrogo-me como foi possível atravessarmos vivos essa triste fase vergonhosa de nos matar  uns aos outros para satisfazer a ambição de alguns se realiza-se a contento! Gostaria imenso de perceber como é possível  interpostas pessoas continuar amarrados a sonhos que nunca lhes pertenceu ao ponto de leva-los a matar se não forem neutralizados igualmente com a morte. Quem sonhou com uma Angola assim?

Como é possível ainda estarmos resignadamente amordaçados sem reagirmos após sacrificarem a família Angolana no dia 27 de Maio de 1977 apenas para que o sonho de Agostinho Neto e de seus pares fosse realizado? Uma nomenclatura ativada pela cultura da violência e do assassinado de seus adversários é completamente avessa em aceitar os preceito  validos num estado democrático e de direito, pois regime que subsiste a custa dos cadáveres dos seus adversários, é taxativamente considerado um regime macabramente necrófilo por excelência. Pergunto a mim mesmo, como é possível continuamos a coabitar com um regime mentiroso, gatuno, torturador e assassino como o de Kopelipa e JES, que mandou chacinar os nossos irmãos Bacongos na chamada semana sangrenta de 1992, e continuamos sem reagir em conformidade?

AO DITADOR NOSSO EX-CAMARADA TEMOS DE DIZER-LHE TERMINANTEMENTEMEU QUE ESSA SITUAÇÃO NÃO PODE CONTINUAR COMO ESTPA NEM MAIS UM SEGUNDO. SE QUISER CONTINUAR A MATAR, ENTÃO QUE  MATE OS SEUS FILHOS BANDIDOS E GATUNOS, AS SUAS FILHAS LADRAS, OS SEUS NETOS E GENROS ESTRANGEIROS.

 Para ir mais longe ainda, pergunto como foi possível sobrevivermos às matanças acontecidas de um e de outro lado da barricada na sangrenta luta de libertação falsificada de Angola logo após a independência?

 Nessa epopeia de contornos turbulentos interrogo-me com mais relutância, afinal o que nos falta para derrubarmos a soldadesca do ditador José Eduardo dos Santos e o apearmos definitivamente do poder? Que mais falta para apontarmos o dedo aos corruptos sem medo? O que falta para acusarmos internacionalmente o ditador e os seus cúmplices no tribunal internacional em Aia? Desde o compulsivo regime retrogrado de partido único até chegarmos ao atual regime que nem sabemos de que tipo de regime se trata, apenas sabemos que estamos paiados na mesma, só acontecem coisas aterradoras dignas de serem retratadas em películas realizadas pelos melhores diretores de Hollywood!

INTERROGAÇÃO NUCLEAR

Outra interrogação que faço a mim mesmo relaciona-se com a fatalidade de sermos tão cobardes, quando temos um passado de provas de coragem dadas por termos combatido o colonialista branco e nos decorrer do tempo após independência combatemos o colono preto Zé Dú! Sinceramente não entendo a nossa facilidade natural de aceitar todas as situações de barbárie comportadas de sinuosas torturantes perseguições torturantes de assassinatos  memoráveis para o povo e para o nosso país, e mesmo assim, não temos a coragem de lutar frontalmente contra essas adversidades para destruir o viveiro de bandidos corruptos que violam constantemente os nossos direitos constitucionais e o nosso direito a vida.

CORRIGIR A PARTIR DAQUI

 Sabemos que os generais e oficias operativos provenientes das secretas e do SIM, nada mais sabem fazer do que matar e mandar matar os incautos cidadãos angolanos sem nenhuma razão aparente! Esses generais corruptos e assassinos que matam sem pestanejar para manterem-se incólumes no poder no coração deles apenas se processa o sentimento de ódio por todos quantos falem e lutem pela liberdade do povo e do país.

O GOLPE DE ESTADO.

 O general Kopelipa e seus cúmplices generais do SIM e das secretas, promoveram um silencioso e perigoso golpe de estado institucional de índole militar no país sem deixar suspeitas tanto na sociedade politica como na sociedade castrense, o que mais me admira é assistir a sociedade politica apática sem nada perceber do que esta a acontecer nas suas barbas. Basta acompanhar a viagem dos generais da segurança ao Cuando Cubango e discernir acerca dos discursos preenchidos de  arrogantes e mentirosas declarações bombásticas, o generalato foi ao Cuando Cubango apenas para dar um recado aos generais provenientes da Unita que o poder esta com eles.  Se acompanharmos a viagem do general do SIM Cândido Van-Dunem enviado as pressas para o antigo Kremlin, não foi para passear mas para buscar apoio institucional do regime de Vladmir Putin.

 o golpe institucional é uma realidade, Kopelipa é o atual dono do poder em Angola. O líder da casa de segurança militar deu um golpe institucional de inspiração militar em Angola. O ditador que um dia sequestrou o MPLA e o País é agora refém da cúpula de generais provenientes das secretas e do SIM. JES foi sequestrado no palácio da cidade alta. Sem grandes alaridos e com excessiva mestria , num estado de enganosa normalidade os generais governam secretamente o país a partir da sinistra casa de segurança militar situada na cidade alta!

ANGOLA NÃO TEM CARÊNCIAS DE ORDEM MAIOR EM TERMOS DE QUADROS TÉCNICOS, QUE RETIRE DE CENA O GOVERNO CADUCO, INÚTIl, DESGASTANTE E INCOMODO QUE TEMOS!

Um governo que não trabalhe nem se aprimora para criar condições de bem estar do seu povo, a prior incorre no maior e mais injurioso percursor de insanidade politica administrativa.  Um governo que se prese em sê-lo, deve conduzir-se pelos princípios que gerenciam a prestação de serviço publico desinteressado para oferecer as populações mecanismos essências de estabilidade e crescimento social, como exemplo o direito a terra, trabalho e mais cidadania.

Essa situação de degradação social que todos vivenciamos no universo desgastante do nosso quotidiano, tem gerado fraturas traumáticas que inviabiliza o país humano de constituir-se numa verdadeira nação vanguardista. Angola tem necessidade de se constituir n uma nação livre e verdadeiramente independente e democrática, que lhe permita ajudar a  melhorar o modelo de governação que temos, Angola tem que ser uma nação e não apenas um país rico e cobiçado onde cada abutre vem debicar o seu bocado, e sobretudo que seja uma nação altruísta que esteja sincronizada com verdade democrática, só dessa maneira teremos uma verdadeira paz conciliadora entre todos os Angolanos de todas as origens, opções sexuais e credos religiosos.

ANGOLA É PRESIONEIRA DE PESSOAS COM MENTES ADULTERAS AUTÊNTICOS CRIMINOSOS, QUE DESTRATAM E OPRIMEM TODOS QUANTOS SE LHES OPONHAM.

Acredito que o nosso país esteja a ser governada por mentes adulteras e sinistras, essa interpostas pessoas não permitem que o país humano no seu todo caminhe juntamente com as suas passiveis diferenças, somos uma nação coartada, sem o direito a plenitude da liberdade de pensamento, de expressão e do ir e vir. Verdadeiramente somos gerenciados por pessoas tolas e insensíveis, que no seu egoísmo desregrado buscam acumular riqueza dentro e fora do país, enchendo os bolsos com o nosso dinheiro para satisfazerem as suas mais sincréticas religiosidades feiticistas disfarçadas de princípios conciliáveis com a verdadeira vontade de Deus.

 Acredito que todos nós angolanos não sonhamos com a Angola que temos hoje, essa Angola que tristemente rejeita aos seus filhos naturais autóctones de serem cidadãos iguais aos filhos do ditador e que igualmente possam deliciar-se nas riquezas que o país produz! Não foi com essa angolanidade defeituosa perdida no vácuo da podridão miserável, onde alguns assombrosos pés de salsa determinam a sorte da maioria colocada num beco sem saída e sem esperança de um dia se tornarem verdadeiros donos da terra que Deus deu a todos os filhos de Angola.

Pessoalmente não sonhei com essa mística poluição mental extasiante de poder execrável, onde uma minoria domina inexoravelmente a maioria dos filhos natos dessa Angola permissiva de estranhos contornos de pobreza extrema. As excentricidades dos governantes cabeças impensantes de acumularem ilegalmente riqueza tornou-se uma vertente promiscua da perversão desvairada da corrupção instituída pelo presidente totalitarista que beira a loucura, esse regime retrogrado está muito próximo do nacionalismo exuberante experimentado na ditadura italiana de Benito Mussolini. Por isso tem de ser simplesmente derrubado, pois não existem ditaduras nem ditadores reformáveis.

VERDADEIRAMENTE NÃO SONHEI COM ESSE REGIME QUE REINA HÁ 39 ANOS NA MINHA TERRA!

Eu sonhei com uma Angola que possua uma agenda estratégica de desenvolvimento e crescimento econômico e social. Eu sonhei com uma angola idônea e sensata, sonhei com uma Angola solidaria, nobre e altruísta.  Eu sonhei com uma Angola defensora de politicas coerentes de sustentabilidade ambiental.

Eu sonhei com uma angola mais justa e tolerante. Eu sonho com uma Angola que tenha uma balança de pagamentos ajustada a realidade que vivemos, sonhei com uma Angola exitosa, desenvolta, que gere capitais de sustentação cambial externa  e nos permita adequar o nosso programas de crescimento econômico e social. Eu sonho com uma Angola onde todos tenham direitos e oportunidades iguais, onde exista de facto o direito de liberdades de ir e vir e de expressão onde o medo seja extinto do nosso vocabulário politico e ninguém seja preso ou morto por motivos políticos.

Eu quero uma Angola itinerante, moderna, pacifica benemérita onde a escravocracia seja extinta do nosso meio social. Eu quero uma Angola sem exploradores nem explorados sem fomentadores da fome, miséria nem pobreza. Eu quero uma Angola que defenda e respeite os direitos humanos, que não persiga, nem prenda, não torture e muito menos assassine os seus filhos por motivações politicas desencontradas. Eu quero uma Angola onde o presidente ame e seja amado pelo povo.

O que não quero para Angola é a continuidade desse sinistro desconhecido presidente e da sua família de gatunos feitos empresários com a nossa bufunfa. Não desejamos uma Angola onde a família de degenerados generais corruptos, gatunos e assassinos governem disfarçadamente os destinos dos angolanos já de si bastantes controlados. Em suma quero uma Angola sem Kopelipa, Zé Maria, Cândido Van-Dunem "Candinho" e o sinistro chefe de fila Zé Dú e o sempre e eternamente teleguiado general para toda obra Leopoldo do Nascimento "Dino".

O ATO DE CONTRIÇÃO OU A MINHA MEA CULPA, TANTO FAZ O IMPORTANTE MESMO É REPOR A VERDADE.

Um dia despertei, era tarde para voltar atrás, mas reconheci que a Angola da qual me bati e dei a minha vida era apenas uma miragem! Reconheço a minha grande falha e com isso faço a minha “mea culpa” por ter ajudado a instalar o regime que viria a dividir o povo em angolanos de primeira e de segunda, e que hoje me persegue e quer matar-me por descordar com as suas praticas. O sonho apenas foi atrasado, pois nunca deixei de acreditar na liberdade do meu povo, nunca deixei de sonhar com uma nação angolana uma e indivisível, onde não exista nunca mais a figura do ditador nem a do colono preto.

Hoje a maioria do povo foi mergulhada numa situação de miséria  compulsiva galopante, enquanto uma só família munida de estranhos hábitos completamente desconectados das nossas realidades desnuda o país por eles sequestrado, e sem qualquer remorso, determinados,  açambarcam tudo que de valor o país possui. Esses gangsteres  são dotados de uma perigosa ambição incomensurável e sem dó nem piedade delapidam juntamente com seus amigalhaços nacionais e estrangeiros toda riqueza produzida no país.

Raul Diniz

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