O debate sobre a necessidade de uma "killswitch" - ou uma espécie de botão de "auto-destruição" - em dispositivos móveis deixou de ser um simples diálogo para passar a ser uma proposta de lei na Califórnia, EUA, apresentada pelo senador californiano Mark Leno e que exige que os smartphones sejam equipados com tecnologia anti-roubo, que inviabilize aparelhos furtados.
Estima-se que só em 2012 tenham sido furtados cerca de 1,6 milhões de smartphones. Este é um tipo de crime que também tem apresentado tendência para se tornar mais violento. Além desta proposta de lei, existe uma coligação composta por consumidores activistas a políticos e polícias, que exerce pressão nas fabricantes de smartphones para que passem a incluir, voluntariamente, uma opção para inviabilizar um aparelho remotamente.
Algumas das propostas contempladas para lidar com o furto destes aparelhos em território norte-americano, segundo avançou a MotherBoard.com, implicam a criação de uma base de dados para dispositivos móveis roubados, os quais poderiam integrar listas negras que impossibilitassem a sua activação.
Fabricantes favorecem a ideia, mas operadores de telecomunicações são contra
A Apple foi uma das empresas a aderir voluntariamente à ideia de forma a evitar intervenção legal - a empresa liderada actualmente por Tim Cook introduziu este Verão uma nova funcionalidade nos seus dispositivos chamada Activation Lock. A Samsung, por sua vez, também propôs pré-carregar os seus dispositivos com uma aplicação (LoJack) que permite bloquear remotamente os aparelhos.
"A Samsung está a levar o problema a sério, mas os operadores não", afirmou George Gascón em declarações à MotherBoard.com. "Ao continuarem a rejeitar uma solução tecnológica, os operadores estão a sujeitar milhões de clientes seus a esta epidemia de roubos violentos".
Nos EUA, os operadores de telecomunicações recusam-se a vender aparelhos que tragam esta funcionalidade activa, justificando a sua recusa com o facto de que é possível os criminosos contornarem estas defesas. Este argumento não impede, contudo, que surjam acusações de que na verdade estas medidas viriam promover a perda de centenas de milhões de dólares (gerados anualmente em seguros contra roubos), sem esquecer o dinheiro gasto pelos clientes na reposição dos equipamentos roubados.
Telemoveis.com