O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, declarou hoje quatro dias de luto nacional e a colocação das bandeiras a meia haste em sinal de luto pela morte de cinco polícias no tiroteio de quinta-feira em Dallas, Texas.
"Em sinal de respeito pelas vítimas do atentado contra agentes da polícia (...) em Dallas (Texas), ordeno que a bandeira dos EUA ondule a meia haste na Casa Branca e em todos os edifícios públicos" até 12 de julho, indicou Obama.
A bandeira norte-americana também será colocada a meia haste, em sinal de luto, em todas as representações diplomáticas e bases militares e navios dos Estados Unidos em todo o mundo.
O ataque ocorreu durante uma manifestação convocada em Dallas, e em outras importantes cidades dos EUA, em protesto contra os últimos incidentes de violência policial com conotações racistas registados no país. Nos últimos dias, mais dois negros foram mortos à queima-roupa por polícias, no decurso de operações de rotina.
Identificado o primeiro suspeito do tiroteio contra polícias em Dallas
Micah Johnson tinha 25 anos e era militar. Foi abatido pela polícia pouco tempo depois do tiroteio em que morreram cinco agentes das autoridades
Micah Xavier Johnson, de 25 anos, é um dos quatro suspeitos de ter assassinado cinco agentes da polícia, nos Estados Unidos, esta quinta-feira, e deixado outros sete feridos. O jovem provocou o caos numa manifestação pacífica contra a violência policial em Dallas e foi abatido pelas autoridades pouco tempo depois.
Micah Johnson é negro e um ex militar norte-americano. Segundo a AFP, o jovem serviu no exército dos Estados Unidos até abril de 2015, era especializado em carpintaria e alvenaria e esteve em missão no Afeganistão em 2014.
Micah não tinha registo criminal nem nenhuma ligação conhecida a grupos extremistas e vivia em Mesquite, um subúrbio de Dallas.
As autoridades acreditam que Micah não atuou sozinho no ataque e afirmam que havia pelo menos dois francoatiradores a disparar de uma posição elevada. No entanto, antes de ser abatido pela polícia, o jovem afirmou que não estava afiliado a nenhum grupo, segundo explicou o chefe da polícia de Dallas, David Brown