Segundo as informações da Procuradoria de Marselha, o copiloto Andreas Lubitz, de nacionalidade alemã, acionou de forma intencional o botão para que o avião da Germanwings caísse a pique.
O copiloto terá tirado licença para conduzir ultraleves ainda em jovem. Foi formado na Base Aérea de Bremen e era um piloto certificado pela agência norte-americana Federal Aviation Administration (FAA). Contava apenas com 630 horas de voo, segundo o El País.
O copiloto costumava visitar a casa dos seus pais, em Bremen, e tinha também uma casa em Düsseldorf, local onde deveria ter aterrado o Airbus A320.
De acordo com as fontes que dizem conhecê-lo, o copiloto não demonstrava estar depressivo. “Ele estava feliz com o trabalho na Germanwings e estava tudo a correr bem”, disse um amigo que o viu a aprender a voar.
Na sua página de Facebook, que entretanto foi eliminada, o jovem tinha como interesses a banda eletrónica Schiller, o DJ David Guetta, o Burger King e outros.
Lubitz fez o último exame médico em 2010 e iria ser submetido a outro em junho de 2015.
Segundo o jornal alemão Der Spiegel, o comandante terá abandonado a cabine para ir à casa de banho, mas quando regressou já não lhe foi permitida a entrada. A porta estava bloqueada.
Na caixa negra ouve-se o comandante a pedir para entrar sem obter resposta, apesar de se ouvir a respiração de Andreas.
do Airbus A320 da Germanwings, Patrick S., era um profissional que contava com mais de seis mil horas de voo e tinha mais de dez anos de experiência. Deixou dois filhos.
"Copiloto acionou botão para que avião caísse a pique"
O procurador de Marselha confirmou que o copiloto recusou abrir a porta ao piloto que ficou trancado do lado fora, de forma deliberada. Já é conhecida a nacionalidade do copiloto, é alemão, mas sabe-se que não terá ligações a grupos extremistas.
Brice Robin, da Procuradoria-Geral de Marselha confirmou que houve ação voluntária do copiloto em fazer cair o avião da Germanwings.
O copiloto “tinha vontade de destruir o avião”, faz saber Robin em conferência de imprensa que decorreu ao fim da manhã.
Sabe-se que o copiloto será Andreas Lubitz, um jovem de 28 anos, de nacionalidade alemã.
Saliente-se que para entrar na cabine é necessário que seja acionado um botão. Neste caso, quando o piloto pediu para entrar, o copiloto terá rejeitado aceder à solicitação.
Esta informação ficou confirmada ao ter-se ouvido o piloto a pedir para entrar sem obter qualquer resposta. Ao mesmo tempo, “não foi emitido qualquer alarme de emergência, de socorro”, explica Robin.
O copiloto terá ainda acionado um mecanismo que fez com que o aparelho começasse a cair a pique.
Já foram solicitadas informações à justiça alemã sobre o copiloto e o responsável da Procuradoria-Geral garante que a chanceler alemã de tudo está a fazer para ajudar na investigação.
As autoridades estão focadas em perceber o que terá levado este jovem cometer tal ato suicida. “Ouve-se uma respiração normal. O comandante deve ter-se apercebido de algo e por isso, terá tentado voltar à cabine”, sendo que “está posta de parte a possibilidade de enfarte ou de ataque cardíaco”, assegura Bruce Robin.
As vítimas só se terão apercebido do que estava a acontecer a poucos momentos do embate fatal. “As gravações mostram que as vítimas só deram conta no último momento, pelo menos é o que se ouve”, remata Robin.
