A referida campanha, que se tem repetido em todos os órgãos de comunicação social mais chegados ao poder de Maputo, começou com mensagens anónimas que circularam e que incluíam maledicências aos jornalistas que não fazem coro às mensagens da Frelimo.
Reagindo ao incidente diplomático que está a deixar Washington e Maputo num embaraço, o Embaixador Douglas Griffiths mostrou-se decepcionado com a postura desses órgãos de informação, que têm propalado o que classificou como «inverdades sem sequer se aproximar da Embaixada».
Griffiths voltou a dizer que se encontrou com todos os candidatos, incluindo Nyusi, e lamentou que a campanha se refira apenas ao encontro com os líderes da oposição.
Falando esta quarta-feira à margem da cerimónia de lançamento do crédito para agro-negócios em Moçambique, o diplomata norte-americano esclareceu que os encontros que manteve com os três candidatos visavam aconselhá-los a trabalharem em observância aos preceitos legais.
«Reunimo-nos com os três candidatos separadamente antes do anúncio dos resultados da CNE», explicou, acrescentando que o encontro visava «convence-los a levarem conversações normais e falámos com todos os que têm que trabalhar dentro das instituições do Estado».
Para o Embaixador dos EUA «esta é a história verdadeira e a única história que tem importância». Nos referidos encontros participou a Secretária de Estado para os Assuntos Africanos, Shannon Smith.
O Governo de Moçambique ainda não apareceu publicamente a distanciar-se das referidas mensagens, e pelo contrário, tem estado através da sua assessoria a instigar os órgãos de comunicação sob o seu controlo a repetirem a narrativa que inclui até debates televisivos e radiofónicos.
