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Quinta, 02 Outubro 2014 22:55

Frelimo e Renamo envolvem-se em confrontos em Nampula

Membros da Frelimo e da Renamo envolveram-se, esta quinta-feira, em confrontos na cidade de Nampula, norte de Moçambique, tendo sido detidos nove elementos da Renamo e um outro ficado gravemente ferido.

Um elemento da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana) presente no local disse à Lusa que os confrontos tiveram lugar no mercado de Waresta, bairro de Natikiri, arredores de Nampula, quando membros dos dois partidos se cruzaram em atividades de campanha para as eleições gerais (presidenciais, legislativas e assembleias provinciais) de 15 de outubro.

"Quando os membros da Frelimo [Frente de Libertação de Moçambique, no poder] chegaram no mercado do Waresta, quiseram provocar-nos e convidaram a PRM [Polícia da República de Moçambique] para vir bater", disse à Lusa um membro da Renamo presente no local.

Em resultado dos confrontos e da intervenção policial, segundo a mesma fonte, nove membros da Renamo foram presos, quatro dos quais entretanto libertados, e um elemento do partido de oposição ficou gravemente ferido.

Contactada pela Lusa, a PRM de Nampula disse que ainda está a fazer o levantamento dos confrontos hoje na capital do maior circulo eleitoral do país.

Os incidentes envolvendo os simpatizantes da Frelimo e da Renamo são os primeiros entre os partidários dos dois movimentos, no âmbito da campanha em curso, uma vez que as cenas de violência até agora reportados foram entre simpatizantes do partido no poder e do Movimento Democrático de Moçambique em Nampula e na província de Gaza, sul do país.

Hoje, em declarações à Lusa, o presidente da Comissão Nacional de Eleições de Moçambique (CNE), Abdul Carimo, admitiu que o primeiro mês de campanha foi manchado por confrontos entre simpatizantes de partidos.

"Alguns militantes dos partidos políticos não compreendem e entram em atos de vandalismo puro. Aquelas imagens [de violência] não são só transportadas para todo o povo moçambicano, mas também para o estrangeiro, e fica-se com a imagem negativa de que o povo moçambicano é violento, quando são três ou quatro incidentes", lamentou o responsável.

LUSA

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