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Segunda, 29 Setembro 2014 20:26

Violência é sinal de falta de espírito de democracia em Moçambique - Arcebispo

O arcebispo emérito da cidade da Beira, Jaime Gonçalves, disse hoje que os casos de violência na campanha para as eleições gerais de 15 de outubro em Moçambique mostram que ainda falta espírito de democracia.

"Em Moçambique, ainda falta o espírito de democracia, uma vez que se queremos a democracia, também não queremos a violência", disse o arcebispo católico, quando questionado pela Lusa sobre a violência eleitoral, à margem do lançamento hoje em Maputo do seu livro "A Paz dos Moçambicanos".

O arcebispo emérito da Beira, Jaime Gonçalves, dize que a manutenção da paz no país depende da reconciliação nacional e não apenas da cessação da violência militar.

Jaime Gonçalves propôs as vias para uma "paz duradoura" em Moçambique, falando à comunicação social, à margem do lançamento do seu livro "A Paz dos moçambicanos", "um apontamento pessoal" sobre o processo que culminou com a assinatura, em 1992, do Acordo Geral de Paz entre o Governo moçambicano e a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), o principal partido da oposição, para o fim de 16 anos de guerra civil.

"O livro propõe o projecto da conferência episcopal de Moçambique, propõe que o fim da guerra civil não é por força das armas, mas por força da reconciliação", disse Jaime Gonçalves, que integrou, em nome da Igreja Católica, a equipa de mediadores do Acordo Geral de Paz (AGP), assinado em 1992 entre o Governo moçambicano e a Renamo (Resistência Nacional Moçambicana), principal partido da oposição, a violência eleitoral reflete a intolerância política que prevalece no país.

LUSA

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