"Em Moçambique, ainda falta o espírito de democracia, uma vez que se queremos a democracia, também não queremos a violência", disse o arcebispo católico, quando questionado pela Lusa sobre a violência eleitoral, à margem do lançamento hoje em Maputo do seu livro "A Paz dos Moçambicanos".
O arcebispo emérito da Beira, Jaime Gonçalves, dize que a manutenção da paz no país depende da reconciliação nacional e não apenas da cessação da violência militar.
Jaime Gonçalves propôs as vias para uma "paz duradoura" em Moçambique, falando à comunicação social, à margem do lançamento do seu livro "A Paz dos moçambicanos", "um apontamento pessoal" sobre o processo que culminou com a assinatura, em 1992, do Acordo Geral de Paz entre o Governo moçambicano e a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), o principal partido da oposição, para o fim de 16 anos de guerra civil.
"O livro propõe o projecto da conferência episcopal de Moçambique, propõe que o fim da guerra civil não é por força das armas, mas por força da reconciliação", disse Jaime Gonçalves, que integrou, em nome da Igreja Católica, a equipa de mediadores do Acordo Geral de Paz (AGP), assinado em 1992 entre o Governo moçambicano e a Renamo (Resistência Nacional Moçambicana), principal partido da oposição, a violência eleitoral reflete a intolerância política que prevalece no país.
LUSA