Os casos mais recentes registaram-se esta terça-feira, nos municípios da Macia e Chókwè, onde integrantes das caravanas da Frelimo e do MDM se envolveram em confrontos físicos, que resultaram em ferimentos ligeiros em alguns integrantes e danos materiais avultados.
A Polícia de Intervenção Rápida foi chamada para acalmar os ânimos, tendo disparado para o ar e usado gás lacrimogéneo.
Por seu turno, Vasco Napaua, delegado do MDM na província, responsabiliza a Frelimo pelos incidentes.
Três membros do MDM foram detidos e encaminhados ao Ministério Público.
Segundo dados registados no terreno e exibidos por imagens da STV, tudo começou quando simpatizantes da Frelimo tentaram inviabilizar a campanha do candidato do MDM, Daviz Simango, na província de Gaza.
Nos dois municípios, os simpatizantes da Frelimo ergueram “barricadas” na estrada que dá acesso a Chókwè, para impedir que Simango chegasse àquele município, onde tinha agendado promover o seu manifesto e pedir votos dos potenciais eleitores.
A medida dos simpatizantes da Frelimo provocou a ira dos opositores, o que acabou gerando uma violência generalizada, com recurso a instrumentos contundentes como paus, pedras e até pás, com disparos para o alto à mistura. As imagens chocantes trazidas pela STV estão a provocar reacções de condenação de todos os sectores, com apelos ao seu fim.
Em Nampula os confrontos entre apoiantes da Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique, partido no poder) e MDM (Movimento Democrático de Moçambique, terceira força política) marcaram hoje as celebrações dos 50 anos das Forças Armadas em Nampula, norte do país.
A governadora de Nampula, Cidália Chaúque, não saiu da viatura protocolar que usava para se deslocar para o local e, foi o autarca do maior centro urbano do norte de Moçambique, Mahamudo Amurane, MDM, quem depositou a coroa de flores em homenagem às Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), testemunhou a Lusa no local.
A confusão começou quando membros do MDM chegaram à Praça dos Heróis carregando uma urna simulada, coberta com uma capulana - pano tradicional - com a imagem do candidato presidencial da Frelimo, Filipe Jacinto Nyusi.
OPAIS /AO24 /LUSA