James Foley, de nacionalidade americana, foi sequestrado por homens armados em 22 de novembro de 2012 em Taftanaz, uma localidade do norte da Síria.
Aos 40 anos, era um repórter experiente e havia realizado a cobertura do conflito na Líbia antes de viajar à Síria, onde acompanhou a insurreição contra o regime de Bashar al-Assad para o site de informações americano GlobalPost, para a Agence France-Presse e outros veículos de comunicação. Seu trabalho permitiu enriquecer a cobertura do conflito sírio, realizado por enviados especiais da agência e seus escritórios na região.
« O inaceitável e a raiva se abatem mais uma vez e de forma muito dura sobre a profissão de informar, que James Foley transformou em sua razão de viver e não de morrer. Não é apenas uma tragédia, é antes de tudo uma barbárie. Denunciá-la não é apenas um dever, mas também um combate para todos aqueles que acreditam que a liberdade de informar é um valor supremo de nossas sociedades democráticas », declarou o Presidente-Diretor-geral da AFP, Emmanuel Hoog.
« Todos os funcionários da AFP receberam com enorme pesar esta notícia e expressam sua solidariedade à família de James Foley neste momento de dor. Os jornalistas da agência que o conheceram e apreciavam o seu trabalho descrevem Foley como um colega humilde e corajoso, que sabia traduzir a dimensão humana por trás da informação. Suas imagens e a qualidade de seu trabalho jornalístico representam uma contribuição maior à cobertura do conflito na Síria. Os jornalistas não têm outras armas a não ser suas palavras e imagens para cumprir sua missão, que é a de informar. Atentar contra sua liberdade e vida é um crime covarde e hediondo », acrescentou a Diretora de Informação da AFP, Michèle Léridon.
Casa Branca «horrorizada» com presumível decapitação de jornalista James Foley
Casa Branca mostrou-se esta terça-feira, 19 de agosto, «horrorizada» com a possível decapitação do jornalista norte-americano James Foley pelo Estado Islâmico (EI), sublinhando que os serviços de inteligência estão a tentar verificar a autenticidade do vídeo difundido pelos jihadistas.
«Vimos um vídeo que pretende mostrar a morte do cidadão americano James Foley pelo EI. Se for autêntico, estamos horrorizados com a morte brutal de um jornalista americano inocente», indicou Caitlin Hayden, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, em comunicado.
O Estado Islâmico (EI) afirmou na terça-feira ter decapitado o jornalista norte-americano James Foley como represália pelos ataques aéreos no Iraque, noticiou a Agência France Press (AFP).
VYDEO na MIDIA
AFP
