Angola é um dos países mais afetados pela desvalorização do preço do petróleo, que provocou uma crise cambial. As dificuldades estão a atingir há vários meses os portugueses que viam este mercado como uma prioridade. Agora, com o novo pedido de resgate e a previsão de que serão implementadas medidas de austeridade, Albano Ribeiro, presidente do Sindicato da Construção de Portugal, diz que o número de portugueses a deixar este país africano deverá aumentar.
O pedido de ajuda ao FMI vai implicar algo que os portugueses conheceram nos últimos anos: austeridade, embora com formas de aplicação diferentes
Dólar norte-americano ultrapassou a barreira dos 450 kwanzas nas ruas de Luanda, praticamente o único mercado onde tem sido possível aceder a divisas.
Os anos de vacas gordas não diversificaram a economia. É esse um dos objectivos do pedido de ajuda ao FMI.
O Fundo, hoje um parceiro, já foi fonte de incómodo para o governo angolano. Tudo começou a mudar a partir do resgate em 2009.
O economista angolano Carlos Rosado de Carvalho afirma que o apoio financeiro do Fundo Monetário Internacional (FMI) a Angola deverá ser reduzido e que mais importante será a "credibilidade" e as "reformas" que o programa de assistência trará ao país.
O presidente da Associação Industrial de Angola (AIA), José Severino, disse esta quarta-feira à Lusa que o pedido de assistência financeira feito pelo Governo angolano ao Fundo Monetário Internacional só peca por tardio e que a "petrodólar mania" acabou no país. "Rigor não nos fará mal.