A crise provocada pela pandemia de covid-19 associada à crise económica, que já afetava Angola, criou uma “tempestade perfeita” que vai atrasar a recuperação do país, afirmou hoje o presidente do Conselho Económico e Social.
A consultora NKC African Economics reviu hoje a estimativa de evolução da inflação em Angola, antevendo uma subida de 22,4% nos preços e uma depreciação de 60% da moeda nacional, o kwanza, este ano.
Os analistas Eugénio Costa Almeida e Fernando Jorge Cardoso consideram que o Presidente angolano, João Lourenço, criou “expectativas completamente irrealistas” quando tomou posse e está agora a sofrer com as expetativas falhadas da população.
A analista que segue a economia angolana considerou hoje à Lusa que apesar das tentativas do Governo para reduzir a dependência económica do setor petrolífero "é difícil ver como Angola vai conseguir sair do buraco".
O diretor da consultora EXX Africa disse hoje à Lusa que as reformas em Angola poderão ser adiadas devido à crise económica e aos protestos violentos das últimas semanas, o que afeta as relações com o FMI.