O Fundo Monetário Internacional (FMI) tinha aprovado em Novembro do ano passado a inclusão do yuan (moeda chinesa) no seu cabaz de moedas de reserva, "clube" de divisas que os países podem receber como parte de empréstimos do FMI, e do qual faziam parte até agora o dólar, o euro, a libra britânica e o iene japonês.
Quase um ano depois, a partir deste sábado, a mudança entrará em vigor depois de um período de transição destinado a permitir a adaptação dos agentes dos mercados financeiros à decisão, que exigiu a implementação de uma gestão mais transparente da política monetária chinesa.
No fim de 2015, o banco central chinês saudou a novidade, vendo nela "o resultado do desenvolvimento económico e das reformas de abertura na China" e afirmando que permitiria "melhorar o sistema monetário internacional", tornando os direitos de saque especiais do FMI mais representativos.
Esta alteração não deverá afectar a relação de forças a nível global, com a divisa norte-americana a ser a mais utilizada (41% das transações mundiais), à frente do euro (30,8%) e da libra (8,7%), de acordo com a empresa financeira Swift.
A carga simbólica é, no entanto, mais significativa. Há vários anos que Pequim tenta consolidar-se na posição de segunda potência económica mundial, tentando fazer do yuan uma moeda internacional, numa altura de abertura gradual do seu mercado.
LUSA