Os dados constam do mais recente boletim estatístico do Conselho Nacional de Carregadores (CNC) de Angola, instituto público tutelado pelo Ministério dos Transportes e que coordena as operações de comércio e transporte marítimo internacionais.
O documento, ao qual a Lusa teve hoje acesso, indica que entraram nos portos nacionais, entre outubro e dezembro, um total de 3.562.964,36 toneladas de mercadorias (mais 13,05% face a 2013). Este número contrasta ainda com as 2.847.796 toneladas de produtos diversos importadas no terceiro trimestre de 2014, que na altura representou uma descida homóloga de 2,98%.
O cimento hidráulico, apesar da forte capacidade de produção instalada no país, que levou o Governo a impor quotas à aquisição ao exterior, continua a ser o principal produto de importação por Angola. Apesar de ter recuado, em termos homólogos, 3,37%, o país importou 539.596,59 toneladas de cimento nos últimos três meses do ano.
O setor das bebidas e alimentação colocou sete produtos entre a lista de 10 principais mercadorias importadas neste período.
O açúcar, cuja importação triplicou (para 203.054,17 toneladas), foi o segundo produto mais comprado ao exterior, seguido das carnes (175.504,16 toneladas) do arroz (que duplicou, para 173.338,59 toneladas) e da farinha de trigo (151.797,63 toneladas).
Este volume de importação já incorpora o efeito da introdução da nova pauta aduaneira, que desde março de 2014 agravou os custos da importação de alguns produtos, para fomentar a produção nacional.
Ainda segundo o documento do CNC, a China volta a ser o principal parceiro de Angola também nas importações de mercadoria (excetuando portanto a venda de serviços), tendo sido origem de 741.659,75 toneladas de produtos, uma quebra homóloga de 10,77%.
No segundo lugar figura Portugal, que viu as exportações para Angola aumentarem 2,75% no quarto trimestre de 2014, para 526.432,19 toneladas. No terceiro lugar, o Brasil viu as exportações para o país aumentarem, mais de 60%, para 359.395,47 toneladas.
LUSA