Na manhã de hoje, o site voz de américa contactou alguns bancos comerciais e recebeu a mesma resposta: “não temos divisas”. Entretanto o BNA insiste em dizer que deu aos bancos comerciais divisas suficientes para atenderem às transacções no país.
Com a suspensão em Dezembro passado da venda de divisas, o valor do kwanza disparou, nomeadamente no mercado informal. Com este recuo, segundo alguns especialistas, o BNA pretendeu também evitar o aumento do valor do kwanza, mas para o economista Horácio Rodrigues dificilmente a moeda nacional regressará ao seu valor inicial.
“Vai ser difícil estabilizar a moeda nacional a 10 mil porque o factor emocional é muito importante”, justificou.
Por outro lado, o envio de remessas para o estrangeiro e o pagamento de facturas internacionais enfrentam vários constrangimentos desde Dezembro do ano passado.
O banco central angolano referiu ainda que, "enquanto garante da estabilidade do sistema financeiro", para "ultrapassar eventuais irregularidades", os clientes visados devem formalizar queixas junto da instituição.
Anteriormente, o governador do BNA justificou a dificuldade do acesso a divisas com "antecipações erradas" da crise do petróleo por agentes económicos.
Na última sexta-feira, José Pedro de Morais Júnior afirmou não existirem motivos para as dificuldades relatadas no acesso generalizado a dólares nos bancos comercias.
AO24 voltou mais uma vez nas ruas de Luanda fez consulta hoje nos mercados informais, confirmou que a venda duma nota de 100 dólares nas 'kinguilas' subiu para 18.000 Kwanzas e a compra da mesma quantidade por 15.000 Kwanzas, muito acima da taxa de câmbio oficial que subiu a (10.600 kwanzas para a mesma quantidade).
Existem queixas de alguns clientes dos bancos comerciais que acusa alguns bancos a vender uma nota de 100 dólares a 14,000 Kwanzas de não 10.600 Kwanzas, o preço estipulado pelo Banco central angolano.
Com esta subida de dólar no mercado informal num espaço de um mês, a moeda angolana desvalorizou mais de 50 porcento, isto terá um custo nos produtos importado e sobre a inflação.