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Sábado, 05 Agosto 2023 20:38

Ministra das Finanças descarta possibilidade de recorrer aos mercados internacionais para contrair dívida

O Governo angolano descarta a possibilidade de ir, ainda este ano, aos mercados internacionais para contrair nova dívida. A informação foi avançada pela Ministra das Finanças, Vera Daves de Sousa, durante um encontro que manteve com os jornalistas, para abordagem de uma série de questões relacionadas a economia do país.

A economia nacional está a atravessar um momento menos bom face a um conjunto de fatores. Neste capítulo, destaque para a quebra na produção e receitas petrolíferas, facto que a ministra das Finanças considera tempestade perfeita.

Por conta disso, o Executivo angolano já perspectiva uma escassez de receitas, na ordem de 7 ,4 bilhões de kwanzas, no orçamento deste ano. Apesar de todas estas condicionadas para a economia angolana, a ministra das Finanças, Vera Daves de Sousa, diz que não há necessidade de uma revisão do orçamento geral de Estado deste ano.

Recomeçamos a servir dívida com os credores chineses, dois desses financiamentos colateralizados à Petróleo, num contexto em que a produção é menor. Tudo isso junto foi a tempestade perfeita, agora, devemos ou não fazer revisão orçamental? Preparamos hoje este 24 ou recebemos este 23? Porque não conseguimos fazer dois todos ao mesmo tempo. Então, sugerimos fazer cativações de despesas e começar a trabalhar já hoje, em 2024, numa lógica que seja indutora de um conjunto de efeitos que gostaríamos de ver, afirmou Ministra das Finanças.

A ministra Vera Daves de Sousa disse igualmente que Angola não vai contratar novo ativo externo este ano para cobrir as suas necessidades, enquanto as condições dos mercados não forem favoráveis.

A titular da pasta das Finanças de Angola salientou que ir ao mercado iria trazer consigo, bem, obviamente, mas iria trazer consigo um serviço de dívida que seria insuportável, insuportável a curto, médio e longo prazo e nós não podemos deixar nessa armadilha.

Não há qualquer alteração dos preços das propinas no ensino privado

Em relação a uma possível alteração no valor das propinas no ensino privado, Vera Daves de Sousa esclareceu que decorrem conversações, mas que ainda não há nada aprovado.

Relativamente às propinas, há essa reflexão em curso, ainda não foi tomada uma decisão. Há um trabalho a ocorrer entre o Ministério das Finanças, o Ministério da Educação e o Ministério do Ensino Superior. E deveremos, a breve trecho, chegar então a acordo e fechar. De modo que não há números concretos, até 20%. Não existe ainda essa decisão clara. De modo que estamos a discutir cenários segundo a Ministra das Finanças.

Ministra das Finanças, Vera Daves de Sousa, quando falava com os jornalistas.

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