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Segunda, 13 Outubro 2014 16:38

Angola ameaça posição da Nigéria como maior produtor africano

Angola está prestes a ocupar a posição da Nigéria como maior produtor de petróleo em África, sugere um relatório publicado nesta segunda-feira pela Agência Internacional de Energia (AIE).

De acordo com um número 'especial' da organização sobre as perspetivas do mercado, a incerteza em termos regulatórios e políticos aliada ao impacto económico (redução dos investimentos) derivado do petróleo roubado (na Nigéria e no Delta do Níger) são fatores que levarão a Nigéria a perder a liderança, pelo menos temporariamente.

A Nigéria deve perder a liderança da indústria petrolífera em 2016, a favor de Angola, voltando a recuperar a posição em 2020.

A produção de petróleo em Africa supera atualmente os 5,5 milhões de barris diários (mbd), com a procura na região subsaariana a representar cerca de um quinto deste volume (o resto é todo colocado na exportação). Segundo o estudo «Africa Energy Oulook», da AIE, a produção (liderada por Angola e Nigéria) deverá exceder os seis milhões de barris em 2010, para depois decrescer aos 5,3 mbd em 2040, altura em que a procura global da região deverá aproximar-se dos 4 mbd e a atingir um nível que quase anula o estatuto de 'contribuinte líquido' que atualmente é atribuído à região subsaariana para o equilíbrio do mercado global.

O cenário central do estudo da AIE prevê que a economia subsaariana qudruplique de tamanho até 2040, com a população a duplicar (para mais de 1,75 mil milhões de habitantes). Em resultado, a procura de energia deverá aumentar em torno dos 80%. Neste contexto, as renováveis deverão crescer até representar 45% do total da capacidade ali instalada.

O mesmo relatório refere que a produção de gás natural liquefeito (LNG) deverá atingir os 230 mil milhões de metros cúbicos, em 2040, com a Nigéria na frente, mas também com uma crescente contribuição de outros produtores como Moçambique, Tanzânia e Angola.

Esta segunda-feira, a cotação petróleo tocou novos mínimos de mais de quatro anos, nos mercados internacionais, com o brent a descer abaixo dos 88 dólares/barril, por breves instantes, e o crude leve (WTI) a negociar em torno de 84,5 dólares por barril, ambas as situações nos futuros de novembro.

LUSA

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