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Segunda, 23 Junho 2014 16:54

Governador do BNA nega haver escassez de divisas no mercado

O governador do Banco Nacional de Angola (BNA), José de Lima Massano, assegurou em Luanda não haver escassez de divisas no mercado formal de economia, porque semanalmente o Banco Central tem estado a disponibilizar valores que satisfazem as necessidades dos agentes económicos.

Segundo o governador do BNA, que falava à imprensa depois de um encontro com líderes de associações empresariais, a economia está num curso de estabilidade e há um conjunto de medidas que vêm sendo tomadas que visam a manutenção e a sustentabilidade deste quadro, que é o processo de desdolarização de economia, iniciado há quatro anos.

Para o gestor do BNA, é natural que, perante a alteração de qualquer regra, os agentes económicos experimentem uma ou outra dificuldade.

Todavia, acrescentou, olhando para o actual quadro, quer para as reservas internacionais líquidas do país, quer para a oferta cambial, entende-se estar a atravessar um curso de estabilidade.

Para Lima Massano, "não há qualquer crise", já que o BNA tem "estado a colocar mais moeda".

"Houve um aumento da procura num momento em que algumas entidades que vendiam com regularidade moeda à economia, mais concretamente no sector petrolífero, reduziram ligeiramente esse movimento. Então o BNA entendeu acrescentar divisas devido a alguns atrasos no sistema", explicou.

Nesta altura, acrescentou, apraz dizer que o mercado está tranquilo e sereno, apesar de, a nível do mercado informal, o BNA continuar a observar algumas diferenças.

O responsável esclareceu que o importante é dizer que este mercado [informal] tem diminuído a sua expressão na economia nacional, ganhando maior espaço o mercado formal cambial.

De acordo com Lima Massano, pese embora o cenário de maior apreciação de Kwanza no mercado informal, continua a registar-se uma estabilidade geral de preços na economia. Daí que os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE) tenham fiado a inflação nos 6,9 porcento no mês de Maio, ou seja o valor mais baixo de sempre.

Deste já, acrescentou, a preocupação da maior instituição bancária do país é com o cidadão que ainda recorre ao mercado informal para obtenção de divisas.

"O conselho é que os mesmos melhorem a sua relação junto da banca comercial e usem todos os meios ali disponíveis para o efeito", disse.

Reiterou que não se regista uma carência de divisas no mercado formal, mas sim menos notas no mercado informal, e isso ressente-se eventualmente junto de alguns cidadãos que queiram viajar para o exterior.

Nestes casos de deslocação ao exterior, acrescentou, o BNA tem estado a incentivar o uso de instrumentos de pagamento que hoje estão à disposição de todos, como sejam os cartões de débitos, os pré-pagos de marca internacional e os de crédito.

Angop

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