De acordo com o director de estudos e estatística do BNA, Tiago Dias, o mercado informal de divisas regista uma falta gritante de notas como resultado dos incentivos que têm sido dados aos agentes económicos nas transacções com o exterior.
“O que se constata é que na realidade houve uma redução substancial de notas ao nível do mercado informal, mas esta redução das notas acontece numa altura em que o próprio BNA, também tomou medidas que visam incentivar os agentes económicos para que nas transacções com o exterior façam o uso, sempre que se mostrar necessário, dos instrumentos de pagamento formais para que as actividades possam obedecer aquilo que é a prática nos outros países”, referiu.
Tiago Dias, acrescentou ainda que, as medidas tomadas pelo Banco Central, para desencorajar as casas de câmbio a alimentar o mercado informal e a entrada em vigor do regime cambial aplicável ao sector petrolífero, contribuíram, sobremaneira, para diminuir a intervenção do mercado cambial informal na economia.
“O que se decidiu é que ao invés das casas de câmbio venderem notas como no passado, sem a necessidade de apresentação de algum documento, o que muitas vezes contribuía para as notas fossem transaccionadas no mercado, o banco, tomou medidas para que as casas de câmbio possam vender notas aos agentes económicos, principalmente os viajantes, mas mediante a apresentação de documentos de viagem”, disse.
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