O artigo passa em revista os principais acontecimentos dos últimos anos, lamentando as dificuldades sentidas pelos empresários estrangeiros, mas elogiando o país pelos progressos, e termina com a ideia de que a criação de emprego, que a nova geração angolana e a classe média vão exigir aos governantes, não pode ser assegurada apenas pela indústria petrolífera.
«Uma nova geração de angolanos está a tornar-se adulta; mais ou menos 60 por cento dos 21 milhões de habitantes tem menos de 25 anos. Ao contrário dos seus pais, não vão ficar satisfeitos simplesmente porque o MPLA conseguiu assegurar a paz no futuro recente. O que eles precisam é de empregos. E o petróleo, por si só, não os garante», refere a The Economist.
O texto faz, ainda, referência à modernidade de Luanda em contraste com o abrandamento do crescimento económico no país.
Segundo a revista, o produto interno bruto (PIB) angolano não irá crescer muito mais do que cinco por cento e a previsão de a produção chegar aos dois milhões de barris de petróleo por dia em breve é «irrealista».
O texto lamenta, ainda, que Angola ainda seja «um sítio difícil para investidores entrepreneurs e que a «cultura de rendas» obrigue os empresários a «associarem-se com membros da elite política e militar».
A The Economist lembra, também, que o facto de a «filha do presidente [José Eduardo dos Santos], Isabel dos Santos, ser a primeira africana bilionária é visto pelos grupos de direitos humanos como uma acusação ao sistema».
Lusa