A mesa da Assembleia Nacional angolana composto pela maioria dos deputado do MPLA lamentou hoje a atitude dos deputados do grupo parlamentar da UNITA pela “inobservância da ética e do decoro parlamentar” depois de estes se terem manifestado durante a sessão plenária.
O académico e político angolano Nelson Pestana disse hoje, em Luanda, que o MPLA, partido no poder, estará a “bloquear” no parlamento a não aprovação da lei da implementação das autarquias, por “medo de perder a hegemonia” do poder.
A adoção oficial das teses marxistas pelo Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA, partido no poder desde a independência, em 1975) foi uma “opção forçada”, defende em entrevista à Lusa o historiador Jean-Michel Mabeko-Tali.
A notícia avançada pelo jornal angolano Valor Económico segundo a qual os estatutos do MPLA impedem João Lourenço de concorrer à presidência do partido em 2026 pode ser interpretada como uma movimentação de membros influentes do MPLA no sentido de cortarem pela raiz a putativa intenção de o atual Presidente da República se manter no poder.
Pode-se olhar para Angola como um oásis em África e um país cortejado pelos Estados Unidos, ou então detetar fissuras no interior do partido no poder. João Lourenço lida com uma situação dúbia. É atacado internamente mas goza de credibilidade fora do país.